No ano de 2009, eu e um grupo de amigos e remadores fomos para a Europa a fim de competir e acompanhar uma competição Mundial de Remo Master.
Éramos um grupo de 12 pessoas e viajávamos em dois carros. Quando chegamos a Berlim, na Alemanha, já era noite e fomos direto para o hostel em Tegel. Até nos acomodarmos demorou um pouco e depois saímos para procurar um lugar para jantar.
Rodamos pela localidade e tudo estava fechado - não havia lancheria nem posto de conveniência aberto, passava das 22h e todos estávamos com muita fome. Foi então que vimos luz numa galeria e corremos até lá.
Tratava-se de um restaurante grego, onde todas as atendentes eram de família grega - portanto, só falavam grego e um pouco de alemão. No nosso grupo, apenas falávamos inglês e nada de alemão. Muito menos grego. E aí é que começou a confusão: o cardápio estava em grego e/ou alemão, e não entendíamos nada do que estava escrito. A atendente tentava nos ajudar, mas não nos entendíamos.
Só nos restava rir muito, e as outras pessoas que estavam no restaurante também riam de nosso jeito. Foi aí que começamos a apontar no cardápio os itens, e a atendente passou a fazer gestos e voz de animais - galinha(cocoricóo), porco (róim, róim), boi(muuu), cabra...
Ficou mais engraçado ainda. Todos riam, mas no final a linguagem universal dos animais acabou sendo importante para pedirmos o jantar. A comida era muito boa. Foi um jantar inesquecível.
* Graduada em Educação Física, 47 anos, de Porto Alegre