Respeitável público, com vocês um dos mais instigantes museus de arte contemporânea do mundo, o Inhotim, onde arte, botânica e ambiente se fundem em galpões e áreas verdes. No município de Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte, o museu tem como premissa a permanente renovação. Um lugar onde a arte convive com a natureza, ocupando uma área de 97 hectares de jardins - parte deles criada em colaboração com o paisagista brasileiro Roberto Burle Marx -, com extensa coleção botânica de espécies tropicais raras e um acervo artístico de relevância internacional.
São cerca de 500 obras de mais de cem artistas, com foco na arte produzida internacionalmente nos anos 1960 até os nossos dias. Pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e instalações de artistas brasileiros e internacionais são exibidos em galerias espalhadas pelo parque botânico. Atualmente, são cultivadas no Jardim Botânico do Inhotim mais de 3 mil espécies de plantas. A área total do parque ambiental do Inhotim está distribuída em seus dois principais acervos: reserva natural, com 600 hectares de mata nativa conservada, e o Parque Tropical, com 97 hectares de jardins de coleções botânicas e cinco lagos ornamentais que somam 3,5 hectares de área.
Os espaços expositivos são divididos entre 11 galerias dedicadas a obras permanentes, outras quatro para temporárias e diversas obras de arte espalhadas por seus imensos jardins. A cada dois anos, uma nova mostra temporária é apresentada, com o intuito de divulgar as novas aquisições e criar novas reinterpretações da coleção.
Dois pavilhões abrigam exposições permanentes de Tunga e Cildo Meireles. Em março de 2008, foram inauguradas duas novas galerias, uma dedicada a obras da artista Adriana Varejão e a segunda, para abrigar o trabalho Neither ( 2004), da artista colombiana Doris Salcedo.
Em outubro de 2009, o museu inaugurou nove trabalhos realizados em grande escala, que se incorporaram ao acervo permanente de arte contemporânea do instituto. Muitos desses projetos foram desenvolvidos dentro do conceito de site-specific. Os artistas projetaram as obras se apropriando das possibilidades oferecidas pelo lugar escolhido para a montagem, como o topo de uma montanha, uma mata fechada, entre eucaliptos ou atrás de um grande lago, numa proposta curatorial inovadora.
Segundo o diretor artístico do Instituto Inhotim e um dos curadores da instituição, Jochen Volz, a ideia de destino é a própria síntese desse lugar. Afinal, o Inhotim não é uma instituição na qual se passa. Inhotim é sempre um destino.