O surgimento de três desenhos apócrifos em forma circular na orla de Tramandaí, no amanhecer deste sábado (4), despertou atenção de veranistas no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Duas imagens maiores, aparentemente idênticas, tinham formato circular e quatro subdivisões no seu miolo que, alcançados pela luz do sol, adquiriam tons distintos de coloração para quem olhava do alto. O núcleo do círculo parecia ter sido arado em simetria. Entre as duas imagens maiores, havia uma menor, com a mesma forma.
O tamanho avantajado das figuras pode ser destacado porque era possível vê-las a olho nu do 11° andar de um prédio à beira-mar de Tramandaí, onde veraneia a família Wichmann, de Parobé.
Além do arado, a fruição da imaginação pode sugerir alguma semelhança das imagens com agroglifos, ampulheta ou com o símbolo da radioatividade, embora este último tenha mais divisões.
Pedro Wichmann, 21 anos, estudante de arquitetura, visualizou as formas inscritas na orla em torno das 6h deste sábado. Ele estava na janela do 11° andar apartamento da família e, depois, desceu para checar mais de perto.
— Meu filho viu e me chamou: 'Tem uma coisa muito estranha na beira da praia.' Veraneamos aqui há 15 anos e nunca tínhamos visto isso aqui na frente. O que chamou atenção é a perfeição do traço e o tamanho dos maiores. São idênticos — diz a advogada Leandra Wichmann, 51 anos.
A família tem o hábito de acordar cedo para contemplar o nascer do sol. Neste sábado, a vista era privilegiada, com o céu limpo e o sol, brilhante.
A região onde surgiram as inscrições é de intenso movimento de pedestres e banhistas em Tramandaí. Os arredores contêm guaritas de salva-vidas e quiosques, nas proximidades da Avenida da Igreja.
Por volta das 11h, já não havia mais qualquer registro dos desenhos. A maré subiu e borrou os traços.