O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) afirmou que o trabalho de busca por Brian Grandi, 20 anos, não será interrompido até que ele seja localizado. O jovem desapareceu quando a ponte pênsil sobre o Rio Mampituba, entre Torres, no litoral norte gaúcho, e Passo de Torres, em Santa Catarina, virou na madrugada desta segunda-feira (20).
Dezenas de pessoas transitavam pela travessia quando os cabos da estrutura se romperam. Desde aquele momento, o jovem não foi mais visto e não entrou em contato com a família. A bicicleta dele foi localizada perto da ponte, mas nenhum pertence foi achado.
— A operação só se encerra com a certeza da localização do desaparecido. O clima não é favorável, mas, para nós, é indiferente. Vamos prosseguir na água. Os procedimentos mudam à noite, mas vamos permanecer 24 horas fazendo buscas no local — afirmou Rodrigo Pierosan, tenente-coronel do Batalhão de Bombeiros Militar (9º BBM), durante entrevista coletiva no fim da tarde desta segunda.
O trabalho visual dos bombeiros seguirá no local mesmo durante a noite e com a chuva, sem mergulhadores. Por volta das 20h desta segunda-feira, do lado gaúcho, botes ainda faziam buscas por algum indício pelo rio. Já no lado catarinense, foram pausadas as atividades, que devem ser retomadas na terça-feira (21).
Segundo Pierosan, as buscas estão concentradas em um ponto que compreende desde a boca da barra do Rio Mampituba até cerca de 800 metros em direção ao continente. Até o momento, os bombeiros não sabem ao certo quantas pessoas estavam na ponte no momento do acidente.
— Com certeza havia uma população muito superior à capacidade da ponte, que é de 20 pessoas — resumiu Pierosan.
O tenente-coronel Noé Jesus da Costa, da Brigada Militar, disse que a corporação seguirá também com apoio aos bombeiros até que o desaparecido seja localizado. Questionado sobre a presença policial na região da ponte no momento do fato, o oficial afirmou que a programação da segurança em Torres, no Carnaval, previa a presença no ponto como um dos locais de patrulhamento. Ele confirmou que não havia brigadianos no endereço quando a estrutura virou.
— Quando acabou lá no município vizinho (a festa em Passo de Torres), não tivemos essa notícia de que teria um grande número de pessoas adentrando a ponte. Não estávamos presentes no momento, mas estávamos prontos para chegar tão rápido, como foi a nossa chegada — afirmou.
Após o acidente, ao menos 18 pessoas foram atendidas em serviços de saúde de Torres. Segundo apurado pela reportagem de GZH, 15 pessoas foram atendidas no Pronto Atendimento Municipal do município gaúcho, entre eles, 14 adolescentes, que chegaram ao local por volta das 3h acompanhados dos pais ou responsáveis. Todos tinham ferimentos leves, como arranhões, e foram liberados. Já no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, três pessoas foram atendidas, e um homem seguia internado em estado estável durante a tarde desta segunda.
Até o final da manhã, a informação era a de que havia seis desaparecidos, mas as demais pessoas foram contatadas e localizadas por familiares.