Xangri-Lá prevê substituir todas as 25 guaritas das praias ainda neste verão, sendo que 14 devem estrear até dia 28 de dezembro — para as demais, o prazo é 8 de janeiro. No entanto, há três estruturas recém-erguidas que serão desmanchadas porque não atendem ao que foi exigido, de acordo com informação dada nesta quinta-feira (22) pela prefeitura do município do Litoral Norte.
Segundo o secretário de Turismo de Xangri-Lá, Cristóvão Wolff, a empresa que havia sido contratada para erguer as 25 novas guaritas entregou três delas neste mês de dezembro em desacordo com o solicitado no projeto. A madeira não era tratada e, em vez de parafusos em inox, foram utilizados pregos.
Em uma dessas três, a de número 82, havia guarda-vidas atuando na tarde desta quinta. A reportagem de GZH também verificou estacas de madeira situadas ao lado das guaritas antigas e que vão servir para sustentar as que estão em construção. A previsão é que a nova empresa contratada entregue as 11 restantes até 8 de janeiro de 2023.
— Essas novas guaritas serão com madeira tratada, parte em pinus e parte em eucaliptos, com parafusos inox contra a maresia. Queremos dar melhores condições para os guarda-vidas atenderem e terem visibilidade para trabalhar — garante o secretário.
Com cada guarita nova, a prefeitura de Xangri-Lá vai gastar R$ 18 mil. Somente depois de erguer cada uma das 25 é que as antigas serão retiradas, incluindo as recém-fabricadas que não correspondem ao combinado.
Novo padrão
As guaritas são responsabilidade dos municípios, mas precisam estar dentro de um padrão exigido desde 2018 pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul. Segundo o tenente-coronel Isandré Antunes, que coordena a Operação Verão, esses espaços precisam ter no mínimo 1,80 metro de altura, ter sustentação de madeira, com proteção contra sol, vento e chuva (teto e paredes), avanço na parte dianteira de no mínimo 50 centímetros e corredores nas laterais para os guarda-vidas melhor se locomoverem, também de no mínimo 50 centímetros.
É uma série de exigências que busca dar melhores condições ao trabalho dos guarda-vidas, diz Antunes. Segundo a prefeitura de Xangri-Lá, as 25 novas guaritas seguem essas regras.
De acordo com o tenente-coronel, de 209 guaritas espalhadas pelas praias do Litoral Norte, metade são modelos antigos, em extinção, com sustentações de concreto e sem qualquer corredor nas laterais. Só costumam ser substituídas pelas prefeituras quando são danificadas pela maré alta ou pelo vento.