A praia do Cassino, no Litoral Sul, registrou mais um dia com infestação de água-viva. Conforme boletim divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM), foram registradas 35 lesões em pessoas na quinta-feira (23) e mais 87 na quarta-feira (22). Em apenas 48 horas, o balneário teve mais ocorrências deste tipo do que os seis primeiros dias do verão passado em toda a região.
Os guarda-vidas também alertam para uma grande incidência de queimaduras de banhistas na quinta-feira em Xangri-lá, no Litoral Norte. Do início desta edição da Operação Verão, em 18 de dezembro, até agora, foram 392 registros em toda a orla, o que representa um aumento de 235% em relação ao mesmo período da última temporada.
O Cassino já é a praia de toda a orla com maior número de pessoas atingidas por água-viva neste verão. São 155 registros na temporada, sendo 122 somente nos últimos dois dias. Este último número, por exemplo, também é maior do que o total de ocorrências deste tipo no Litoral Sul em relação ao mesmo período da temporada passada — e comparando com todos os balneários do Litoral Sul. Na ocasião, foram 117 comunicados.
O tenente-coronel dos bombeiros Gerson Rodrigues, do comando do CBM na região Sul, diz que o alerta segue nesta sexta-feira, apesar de estar diminuindo os pontos com infestação no mar. Segundo ele, também foi solicitado um estudo à Universidade Federal do Rio Grande sobre a presença constante deste tipo de animal nos últimos dias no Cassino.
— Nosso objetivo com este estudo é tentar mapear locais com maior infestação e auxiliar em futuras prevenções aos banhistas — ressalta o comandante Gerson.
Bandeiras roxas foram colocadas na beira da praia em pontos com grande incidência de casos e alertas aos banhistas são feitos constantemente.