Somente em um dia houve 36 acidentes causados pelo contato com água-viva no mar do Rio Grande do Sul. Número observado na terça-feira (21) corresponde a 22% do que foi contabilizado em todos finais de semana e feriadões de outubro até o dia 19 de dezembro, quando começou a Operação Verão do Governo do Estado.
Uma prévia do que espera os veranistas já era possível ser observada no período pré-temporada. Nos finais de semana e feriadões de outubro, novembro e primeira quinzena de dezembro, foram 162 casos contra 103 no mesmo período do ano passado. Um aumento de 57%.
Nestas últimas semanas foram 159 ocorrências no Litoral Norte e três no Litoral Sul. Até 22 de dezembro de 2020, havia 89 situações semelhantes nas praias do norte. Já nas praias do Sul houve uma redução, indo de 14 para apenas três casos neste período prévio.
O comando da corporação diz que são casos mais isolados e em vários pontos, acreditando que o aumento se deve também ao maior número de pessoas nas praias do que no mesmo período do ano passado. Apesar do aumento neste ano, isso incluindo toda a costa, ainda assim os números são bem inferiores ao mesmo período de 2019. Na ocasião, já havia 1.400 pessoas com lesões causadas por contato com água-viva desde os primeiros dias de operação.
Locais sinalizados
Os frequentadores da orla devem estar atentos. Somente na terça-feira (21), a praia de Capão Novo, em Capão da Canoa, teve 16 registros, por exemplo. Por isso, o CBM informa que, quando necessário, será colocada sempre na beira da praia uma bandeira de cor roxa indicando que há um grande número de águas-viva no local.
Em caso de contato com o animal, as principais recomendações são: sair da água imediatamente; lavar o ferimento, sem esfregar, com água salgada; remover, com cuidado, os tentáculos que podem ter aderido à pele; além de fazer compressas de vinagre por cerca de 30 segundos para aliviar a dor causada pelas toxinas.