O Cassino – a cerca de 20 a 30 minutos da área central de Rio Grande – é considerada a maior praia da América Latina em extensão, com cerca de 250km dos molhes da barra, em Rio Grande, ao Norte, até a barra do Chuí, ao Sul. A temporada de verão está prevista para começar oficialmente no balneário na segunda quinzena de dezembro, com a expectativa de reaproximação dos números pré-pandemia, quando a praia chegava a receber cerca de 150 mil turistas.
– Projetos e esforços estão sendo desenvolvidos para garantir que o Cassino possua não só atrações turísticas, como também gastronomia e comércio aptos a receber essas pessoas –projeta Letícia Vanzelote, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Grande e São José do Norte.
Parcerias público-privadas (PPPs) resultaram em melhorias para a região, como o canteiro central da Avenida Rio Grande, principal via do Cassino, onde uma praça inclusiva está em construção, com brinquedos adaptados para que crianças com qualquer tipo de deficiência também possam utilizá-lo. Novas floreiras e bancos também serão instalados, com a substituição total de todas as estruturas. A previsão é de que a praça esteja completamente pronta até o dia 10 de dezembro.
Para fomentar o turismo, afetado pela pandemia de coronavírus, um calendário de eventos foi elaborado para ocorrer durante o ano todo no balneário, em uma iniciativa batizada de "Cassino 4 Estações". Para o mês de dezembro, a agenda natalina foi toda remodelada. A atração "Ondas de Natal", evento já tradicional no balneário, será modernizada e ampliada, com a promessa da chegada do Papai Noel pela praia. A programação de Natal começará no dia 5 de dezembro com um desfile temático de luzes natalinas, e se estende até a véspera, no dia 24. Para a virada do ano, está previsto show de fogos de artifício sem estampido.
Entre dezembro, janeiro e fevereiro, shows musicais devem somar-se ao calendário. A intenção da prefeitura é disponibilizar um espaço do Camping do Cassino que foi reestruturado para abrigar eventos desse porte.
Por enquanto, há somente uma guarita instalada na praia. A solitária estrutura está situada bem perto do principal acesso, próximo à Avenida Rio Grande. As demais foram desinstaladas desde o final do último verão, quando 90% das estruturas foram destruídas em razão de um ciclone extratropical que atingiu o Litoral Sul. Agora, a prefeitura busca patrocinadores para bancar novos materiais.
De acordo com o secretário do Cassino, Sandro Oliveira Boka, o edital para elaboração das novas guaritas foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) na última semana e aguarda interessados. Assim como outras obras, as unidades devem ser montadas em PPPs. Serão distribuídos lotes de quatro guaritas a cada empresa que aderir.
Apesar das belas paisagens, o Cassino enfrenta problemas de escoamento da água da chuva em áreas residenciais mais afastadas do centro. Na região conhecida como ABC, por exemplo, alagamentos nas ruas secundárias são frequentes.
– Os bueiros não dão vazão e há poucas valas para escoamento da chuva. Tem bueiros que quase não passa a água – explica o advogado Edison Amaral, 62, que vive há seis anos na rua Rua Eliu Araújo.
Em busca de uma solução emergencial, grupos de moradores se reuniram e definiram que cada um pagaria cerca de R$ 2,5 mil pelo material necessário. Então, acordaram com a prefeitura que o Executivo seria responsável pela mão-de-obra e execução das melhorias. Conforme o secretário Boka, são em torno de 10 pontos considerados mais críticos. A promessa é de que as obras possam progredir na medida que os recursos sejam arrecadados, mas a prefeitura não dá prazos. Enquanto isso, os moradores da Rua Eliu Araújo aguardam a execução do serviço.