Ao lado da plataforma de Atlântida, o representante comercial Thiago Barata, 45 anos, mostrava uma relíquia: o rabo de uma arraia pescada em 1995. Hoje, o abate do animal é proibido, e os associados do local acabam denunciados se realizam o ato.
Barata conta que a captura começou na passarela, mas teve de descer para a areia devido à força do animal. Foram duas horas de luta, com a ajuda de outros pescadores, para retirar o bicho da água com um caniço.
— A praia ficou cheia de curiosos, e esse rabo foi roubado. Recuperamos anos depois, quando o homem que tinha pegado morreu. Aí empalhamos e guardamos na casa de um amigo — relembra.
A cauda do animal - o que restou depois que os pescadores degustaram o corpo - mede quase 1,9 metro. Ultrapassa a altura da cabeça do pescador com facilidade e tem espinhos em toda extensão. O objeto foi empalhado em processo de taxidermia e está em uma residência de Capão da Canoa.
Nesta sexta-feira (29), a curiosidade voltou a rondar o pescado. Em poucos minutos, surfistas e outros banhistas se aproximaram questionando o fato. Como toda boa história de pescador, Barata não apresentou fotos. Mas garante tê-las.
— Tem um monte, mas não digitalizei — jura o pescador, que garante ser o único sincero do Litoral.