Conhecida como Estrada do Mar, a RS-389 liga Osório a Torres, no Litoral Norte. A rodovia é administrada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) em todo o seu trajeto.
GZH circulou entre os kms 0 (Osório) e 89 (Torres) entre a manhã e a tarde da última terça-feira (8) para identificar as condições que os motoristas encontrarão na rodovia neste veraneio.
Alguns problemas encontrados foram sinalização defeituosa e o desnivelamento de trechos do asfalto afetados por raízes de árvores e buracos, mas em geral as pistas estão em boas condições.
Pavimentação
O asfalto apresenta boas condições ao longo de praticamente todo o percurso. O principal problema identificado por GZH foi entre os km 38 e 43, nos dois sentidos. Nesse trecho, que fica nas proximidades do acesso a Capão Novo, o asfalto está desnivelado e apresenta frisos, prejudicando o deslocamento.
Segundo o Daer, esse problema é causado pelas raízes de árvores da região, que atravessam o subsolo da pista e acabam prejudicando o piso. Esse mesmo problema foi identificado por GZH no km 53, nos dois sentidos, e nos kms 49 e 30, no sentido Torres-Osório.
Além disso, há alguns pontos com desnível e buracos – mas são todos pontuais em uma rodovia predominantemente boa para trafegar. No sentido Osório-Torres, há irregularidades nos kms 11, 18, 27 e 34. No retorno, o problema se repete nos kms 66, 57, 32, 31 e 16, além de pequenos buracos nos kms 27 e 26.
Geometria
A rodovia apresenta pista simples ao longo de todo o trajeto e não possui acostamentos. Em alguns pontos, é possível identificar uma linha branca pontilhada na faixa da direita (nos dois sentidos), o que parece ser uma espécie de acostamento. A marcação, no entanto, só confunde: o Daer confirmou que se trata de uma sinalização antiga, que não deve mais ser utilizada.
De vantagem, a Estrada do Mar tem faixas largas nos dois sentidos, maiores do que os motoristas normalmente encontram. Assim, é possível fazer ultrapassagens sem invadir a pista contrária.
Não há refúgios construídos ao longo da rodovia, mas em casos emergenciais existe a opção de parar o carro defronte a casas e estabelecimentos ou em recuos construídos para quem precisa fazer conversões.
Sinalização
Com exceção da marcação antiga que fica à mostra em parte da rodovia, se assemelhando a uma espécie de acostamento, o restante da sinalização horizontal não apresenta problemas. A pintura está em dia, especialmente na divisão entre as faixas para cada sentido.
Na sinalização vertical, no entanto, há alguns defeitos. Apesar de placas em abundância orientarem os motoristas, GZH identificou quatro delas cortadas ao meio, de forma que não é possível identificar exatamente o que informam.
Uma das placas, nos quilômetros iniciais, deveria apontar a distância de três destinos. Atlântida Sul virou "da Sul", Capão da Canoa virou "a Canoa", e o terceiro município, de nome mais curto, não pode ser lido.
No cruzamento de uma via com a RS-389, uma placa de "Pare" para quem vai cruzar a rodovia estadual chama atenção: a sinalização em vermelho e branco está marcada por mais de 50 furos, que parecem ter sido feitos por tiros. Também há quatro placas verdes com as inscrições fracas, começando a se apagar – mas que ainda podem ser lidas.
Limpeza
Ao longo da viagem, GZH encontrou equipes fazendo poda e corte de grama nas margens da rodovia, nos dois sentidos. A vegetação está baixa ao longo de toda a extensão. Também não foram identificados pontos com acúmulo de lixo.
Serviços
Segundo o Daer, não há disponibilidade de serviços médico e mecânico. O atendimento a emergências na rodovia é feito pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) pelo telefone 198. Em caso de necessidade, os bombeiros também podem ser acionados, pelo número 193.
Contraponto
O que diz o Daer
"O desnível entre os km 38 e 43 é provocado pelas raízes. Nesta quarta-feira (9), o coordenador da 16ª Superintendência Regional de Osório esteve na rodovia, e a equipe de conserva iniciou o corte das raízes e a fresagem da capa asfáltica necessária para melhorar a trafegabilidade na Estrada do Mar. O serviço ocorreu no quilômetro 31, que fica próximo à PRE (CRBM) de Xangri-Lá. O trabalho deve prosseguir neste mês ao longo da estrada e deve englobar as que se encontram nos demais quilômetros citados.
As imperfeições no pavimento são suaves e não prejudicam as condições de trafegabilidade. No entanto, está programada uma operação tapa-buracos para corrigi-las ainda neste mês.
Essa rodovia é diferenciada e não conta com acostamento. O traço identificado é uma marcação antiga.
Em relação à sinalização, assim como nas demais rodovias do Litoral Norte, as melhorias serão feitas assim que o respectivo contrato estiver ativo.
A estrada conta com boas condições de trafegabilidade e, respeitados os limites de velocidade, pode ser considerada segura.
As emergências na rodovia são atendidas pelo CRBM."