Depois do final do ano registrar centenas de queimaduras por água-viva diariamente no litoral gaúcho, o número reduziu consideravelmente nos últimos dias. Entre o feriadão de Ano-Novo até o dia 3 de janeiro, a média era de mais de mil casos por dia, chegando a 3 mil nos dias de pico. Na última sexta-feira (17), foram 64 casos.
Com isso, são 49.493 ocorrências desde o início da Operação Verão, em 15 de dezembro. O número é inferior ao mesmo período do ano passado, que registrava 53.706 casos, e também em relação ao mesmo dia em 2019, que registrou 901 queimaduras.
O chefe de Assessoria de Operações e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros, major Isandré Antunes de Souza, afirma que a corporação não acompanha a incidência dos animais, mas acredita que a redução se deve ao menor número de banhistas.
— Com o mar de bandeira vermelha, lavando até em cima, tem muito menos banhistas. Quanto menor o número dentro da água, menor a exposição e contato. É em cima disso que temos um relato menor de ocorrências — disse o oficial.
A diretora do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), Carla Ozório, concorda com a avaliação dos bombeiros. Segundo a professora, não só o número de banhistas como o tempo de permanência na água impactam diretamente nos números de acidentes.