O governo do Estado encaminhou um projeto de lei à Assembleia Legislativa gaúcha nesta semana na tentativa de tornar mais atrativa aos civis a atividade de guarda-vidas nos balneários do Rio Grande do Sul e, consequentemente, reduzir a necessidade de utilização de brigadianos. O projeto foi pensado pelo Corpo de Bombeiros, responsável por comandar a proteção aos banhistas no Estado.
A primeira mudança prevista no projeto é o aumento de quatro para seis meses o tempo de contratação temporária dos civis – que passariam a atuar de novembro a abril, e não mais de dezembro a março. O subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, acredita que essa medida vai atrair mais interessados pela garantia de mais tempo de emprego. O salário-base para guarda-vidas civil é de R$ 2 mil, com acréscimo de 100% no salário por risco de vida.
O projeto também aumenta de 600 para 800 o número de vagas disponíveis para civis. Os Bombeiros nunca conseguiram preencher todas as vagas abertas.
No último veraneio, dos 1,4 mil civis inscritos, 700 compareceram para o processo seletivo. Desses, apenas 170 foram aprovados nos testes e atuaram no cuidado dos banhistas. O subcomandante dos Bombeiros também anunciou que o processo seletivo será facilitado para aqueles que já foram contratados em temporadas anteriores.
O projeto também acaba com a necessidade de que cada civil em operação responda diretamente ao comando de um militar. Com isso, se o texto for aprovado, um único bombeiro militar poderia comandar uma série de guarda-vidas civis em um balneário específico.
No último veraneio, além dos civis, o corpo de guarda-vidas foi composto por cerca de 300 bombeiros e 700 brigadianos, conforme o subcomandante.