Morreu neste sábado (28), em São Paulo, o jornalista gaúcho Leonardo Caldas Vargas, de 40 anos. Ele trabalhou no Grupo RBS entre as décadas de 2000 e 2010. Desde fevereiro deste ano, atuava como coordenador de operações jornalísticas do Canal Rural.
Vargas foi encontrado sem vida pela manhã, em seu apartamento. A causa da morte foi um infarto fulminante. Até então, não há informações sobre a data ou horário do sepultamento, que deve ser realizado em sua cidade natal, São Gabriel, na Campanha.
Leonardo foi criado pelo avós maternos, Margot e Arthur Francisco — que faleceu há pouco mais de um mês. O jornalista vivia um processo recente de luto pela perda de seu avô, que foi professor, cirurgião dentista e secretário municipal de saúde de São Gabriel — na ocasião, a cidade decretou luto oficial de três dias.
Leonardo formou-se em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). No Grupo RBS, trabalhou como editor de telejornais na extinta TVCom e foi diretor do Programa Bate Bola. Também atuou como produtor e editor da Rádio Gaúcha, inclusive na Confraria do Show dos Esportes, apresentada pelo comunicador Pedro Ernesto Denardin.
Vargas também foi repórter de política na revista Veja e assessorou diversos órgãos públicos, como a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e o Senado Federal. Além disso, sua experiência incluiu produção e direção de documentários e organização de obras literárias.
Livro sobre Casa de Cultura seria lançado em fevereiro
— Nos conhecemos fazendo filmes do Tabajara Ruas há mais de 20 anos. Neste domingo ele iria finalizar nosso livro e iria me encaminhar, nos falamos nesta sexta — relembrou a amiga e fotógrafa Dulce Helfer, que estava trabalhando com Vargas na obra Casa de Cultura Mario Quintana: Do sonho à realidade. O livro foi idealizado em parceria pelos dois e o lançamento estava previsto para 2025.
O jornalista Guga Stefanello, um dos melhores amigos de Vargas, o definiu como "muito emotivo e querido". Guga lembra da última coversa com seu colega de profissão na sexta-feira:
— Era um amigo muito emotivo e querido. Ontem (sexta), ele estava muito feliz com novas mudanças e perspectivas de futuro. Ele me contou que tinha uma nova possibilidade de trabalhar próximo dos amigos e da namorada, em Brasília. Trabalhava com política, mas amava arte e cultura. Estava sempre ligado. Uma pessoa incrível e meu grande amigo. Ele sempre ligava, gostava de conversar ao telefone.
Produção: Nathália Rodrigues