Na Porto Alegre dos anos 1970, um grupo de jovens confabulava para criar um dia destinado aos negros no Brasil. Eles não queriam o 13 de maio, data em que a Lei Áurea pôs fim à escravidão sem prever qualquer política pública que garantisse educação e trabalho aos recém-libertados. Queriam um dia para a sociedade refletir sobre a situação a que os africanos haviam sido submetidos ao serem retirados de sua terra para servirem aos brancos nas Américas – e as decorrências na vida de seus descendentes. Inspiraram-se na morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola e símbolo de resistência, e o 20 de novembro passou a ser nacionalmente conhecido como o Dia da Consciência Negra.
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"Por que o negro não está na história do RS?", questiona um dos criadores do Dia da Consciência Negra
Advogado Antônio Carlos Côrtes é um dos remanescentes do grupo Palmares, atuante contra o racismo e a repressão da ditadura militar na Porto Alegre dos anos 1970