Não há um manual único orientando e definindo como e quando surgem nas pessoas questões envolvendo as identidades de gênero e a orientação sexual, conceitos que costumam ser confundidos como sinônimos. A única certeza, segundo os especialistas, é que elas se expressam ainda na primeira infância e podem se transformar e se tornarem complexas ao longo dos anos, culminando, na maioria das vezes, na adolescência e na fase adulta. A família ou os responsáveis são fundamentais na jornada, para ajudar a lidar com medos e incertezas.
Com o auxílio de especialistas, GaúchaZH reuniu os termos mais utilizados pela comunidade LGBT+:
Orientação sexual — Refere-se aos nossos desejos afetivo-sexuais, que podem ser voltados para: indivíduos de gênero diferente do nosso (heterossexuais), do mesmo gênero que o nosso (homossexuais), de ambos os gêneros (bissexuais), que não sentem desejo por ninguém (assexuais), que têm atração afetivo-sexual por pessoas, não importando a identidade de gênero ou sexo biológico (pansexuais).
Identidades de gênero — Referem-se às expectativas em torno dos comportamentos, das formas de pensar e agir de homens e mulheres. Começam a se delinear antes do nascimento e são construídas histórica, social e culturalmente a partir dos corpos dos sujeitos, que dependendo do genital, são designados como machos ou fêmeas.
Intersex — Nascem com variações nos caracteres sexuais, incluindo cromossomos, gônadas e órgãos genitais, dificultando a identificação imediata destes indivíduos como pertencentes ao sexo feminino ou masculino.
Cisgênero — Identificam-se com as expectativas que lhes são atribuídas desde o nascimento, em função de seu sexo biológico.
Transgênero — Não se alinham às expectativas de gênero que lhe são atribuídas desde o nascimento, podendo transitar entre um gênero e outro.
Agênero — Não se identifica ou não se sente pertencente aos gêneros masculino e feminino.
Gênero fluido — Identifica-se com o gênero masculino e feminino de modo inconstante, transitando entre as identidades.
Drag (Queen ou King) — Performance profissional de pessoas que se vestem de forma exagerada e caricata como mulheres ou homens.
Queer — Designa pessoas que não seguem o modelo de heterossexualidade ou do binarismo de gênero.
FONTES: psicóloga Jane Felipe de Souza, professora da UFRGS na Linha de Pesquisa Educação, Sexualidade e Relações de Gênero, e Manual de Comunicação LGBTI+ / Gay Latino e Aliança Nacional LGBTI+