Com 19 trios elétricos, participação de uma ex-Spice Girls e promessa de adotar forte discurso político, a 23ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, considerada a maior do mundo, acontece neste domingo (23) na Avenida Paulista. A expectativa é de reunir mais de 3 milhões de pessoas, segundo estima a prefeitura.
A concentração acontece a partir das 10h, em frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), depois a passeata desce a Rua da Consolação até a Praça Roosevelt. Para esta edição, a atração mais aguardada é o show da cantora Melanie C, ex-Spice Girl.
A apresentadora Fernanda Lima será a madrinha da festa. Já a apresentadora oficial é a Drag Queen Tchaka. Às 19h, um palco montado na Praça da República receberá shows.
Também estão confirmadas Iza, Lexa, Luísa Sonza, MC Pocahontas e Gloria Groove, que irá comandar o trio elétrico da marca de cosméticos Avon.
– É a maior realização da minha vida. Muito maior que cantar bem ou ter uma projeção boa, é saber que pessoas como eu conseguem se enxergar e ter alguém para se espelhar, como foi a Lady Gaga para mim, por exemplo. Isso é importante demais – disse a cantora de 24 anos.
Tom político
O tema deste ano da Parada é 50 anos de Stonewall - nossas conquistas, nosso orgulho de ser LGBT+. A escolha faz referência à série de manifestações da comunidade LGBT contra batidas violentas da polícia de Nova York em um bar, o Stonewall Inn, no fim da década de 1960.
Como é a primeira Parada do Orgulho LGBT realizada durante o governo Bolsonaro, há expectativa de que participantes do evento façam protesto contra o presidente. Em edições anteriores, a Parada já adotou tom político. Em 2018, ano eleitoral, o tema foi a "importância do voto". Em 2017, a passeata aconteceu aos gritos de "Fora, Temer" e pedidos de "eleição direta".