Substituir alimentos por causa do aumento dos preços não significa, necessariamente, abrir mão da qualidade da dieta. A professora Bruna Pontin, da Faculdade de Nutrição da Unisinos, diz que a dica é sempre pensar em grupos alimentares e, dentro deles, fazer as mudanças mantendo o padrão:
– Quando falamos de leite, excelente fonte de proteína e cálcio, temos de buscar alimentos com o mesmo perfil nutricional. Se queijos e iogurtes estiverem em conta, pode ser uma opção.
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A procura pelas frutas e verduras que estão mais perto do produtor, assim como as pesquisas de preço e os dias de oferta em supermercados, também são dicas da professora.
– Quanto mais próximo do produtor tu estiveres, em geral, mais barato será. Buscar por feiras de bairro é uma ideia interessante para achar preços em conta. A escolha por frutas e verduras da época também acaba barateando – ressalta Bruna.
O feijão-preto não é um produto de fácil substituição, mas há possibilidades: ver se outras variedades do grão, como marrom ou branco, estão com valor menor, assim como a ervilha e a lentilha.
– Dá para trocar o mamão por qualquer outra fruta. Elas têm características muito semelhantes, são ricas em água, vitaminas, minerais e fibras. Tira o mamão por um tempo do cardápio e, quando o preço baixar, inclui novamente. O chuchu, da mesma forma: dá para substituir pela moranga, por exemplo – compara.
O pão de forma, cuja elevação chegou a 32,27%, atingindo preço médio de R$ 5 por 500g, pode ser trocado pelo pão francês (R$ 7,99 o quilo). Outra opção pode ser fazer o alimento em casa. No café da manhã, a panqueca é uma boa pedida.