Para aproveitar o melhor do sol, todos os anos chegam ao mercado muitos reforços ao arsenal contra os raios UVA e UVB. Os mais recentes incluem desde maquiagem até roupas que impedem os efeitos nocivos.
Usar esses produtos regularmente protege de envelhecimento precoce, queimaduras, manchas e, principalmente, câncer. A cada ano, 100 mil novos casos de câncer de pele surgem no Brasil, e 80% deles poderiam ser prevenidos com o uso regular de protetor solar.
É importante lembrar que, em certa dose, o sol faz bem. Expor-se de 10 a 15 minutos ao dia, com protetor, faz bem aos ossos e defende de problemas do coração. O sol ainda estimula a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar.
A dermatologista Rafaela Bergman Correia, representante da Sociedade Brasileira de Dermatologia em Caxias do Sul, ajuda na melhor escolha do protetor solar e conta quais são as novidades do mercado. Confira:
Novidades
:: Nanotecnologia: o que há de mais moderno em ciência e tecnologia já cabe em pequenos frascos. Algumas fórmulas contêm substâncias que protegem o núcleo da célula contra o câncer e o envelhecimento. Alguns filtros são ricos em substâncias antioxidantes que ajudam a reorganizar o colágeno, amenizando as linhas de expressão e a flacidez.
:: Roupas com protetor solar: substâncias químicas especiais no tecido impedem a ação do sol na pele coberta pela roupa. Há camisetas, chapéus com abas largas, saídas de praia, luvas e roupas
de banho para adultos e crianças. A proteção não sai com as lavagens. A grande vantagem é que onde a roupa cobre não há necessidade de usar o protetor solar tópico.
:: Fotoprotetores orais: fórmulas em cápsulas que protegem as células contra os raios nocivos e retardam o envelhecimento. As principais substâncias são licopeno, betacaroteno, vitamina E, luteina, pycnogenol e polypodium leucotomos. Os fotoprotetores orais não substituem o uso do protetor solar convencional. São produtos que, dependendo da prescrição, podem ser usados diariamente (em peles especiais, com tendência a envelhecimento precoce e câncer de pele) ou em períodos de maior exposição solar. Conforme a dose, há risco de a pele ficar amarelada. Há outras substâncias, como silício orgânico, vitaminas E e C e derivados de algas, que podem ser usadas de maneira prolongada. O ideal é buscar orientação médica.
:: Sabonete com protetor: indicado para pessoas que lavam muito as mãos ou dirigem muito. Porém, o fator de proteção solar é baixo. O ideal ainda é usar protetores convencionais ou luvas com protetores solares na composição do tecido.
:: Cor: linha de protetores com cor, com aspecto de base em pó e compacta, o que permite uma pele maquiada, protegida e natural.
:: Hidratação: filtros solares incorporados a hidratantes facilitam o dia a dia, deixando a pele macia e protegida ao mesmo tempo.
:: Gel: para pessoas de pele oleosa, as versões de protetores em gel são uma ótima alternativa.
:: Só para homens: protetores solares especiais para o sexo masculino contêm produtos em forma de espuma enriquecidos com vitamina C, que, ao mesmo tempo protegem, clareiam a pele e melhoram linhas de expressão.
A cada ano, a indústria oferece mais produtos para aproveitar o sol sem colocar a saúde em risco. É possível se proteger com roupas, maquiagem e cápsulas:
Arme sua defesa
:: Torne o uso diário de protetor solar um hábito. O produto deve ser passado 30 minutos antes da exposição.
:: Passe protetor nas partes expostas, use chapéu ou boné, óculos escuros de boa qualidade, camisa de manga longa de tecidos leves e calça.
:: Evite expor-se ao sol de 10h a 16h.
:: Em caso de suor excessivo ou exposição prolongada, reaplique o filtro a cada duas horas.
Corre mais riscos quem...
:: tem histórico familiar de câncer de pele.
:: tem pele e olhos claros e cabelos ruivos ou loiros.
:: trabalha frequentemente exposto ao sol sem proteção adequada.
Casos suspeitos
:: Manchas que coçam, ardem, escamam ou sangram.
:: Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor.
:: Feridas que não cicatrizam em quatro semanas.
:: Mudança na textura da pele ou dor.
Compre certo
:: Pessoas de pele clara ou ruivas devem usar filtro solar com fator de proteção no mínimo 30.
:: Pessoas de pele moreno-clara devem usar fatores entre 20 e 30.
:: Negros precisam escolher fator 15.
:: Crianças, independente do tom de pele, devem passar filtro 30.
:: Pessoas muito claras, com histórico de câncer de pele na família ou que se expõem muito ao sol devem ter cuidados especiais e, de preferência, acompanhamento médico.
Bronze seguro
:: Quem tem a pele branca, ruiva ou com muitas pintas está proibido de se bronzear. A exposição solar prolongada pode resultar em queimaduras, manchas, rugas e até câncer.
:: Autobronzeadores são a opção segura para pessoas de pele branca ou ruiva, que queimam, e não conseguem um bronze bonito no sol, porque têm pouca melanina, que é o que dá o tom do bronzeado. Ela é liberada pelo organismo como um mecanismo de defesa contra os raios.
:: Pessoas de pele moreno-clara, mulata ou negra, além de usar protetor, devem seguir algumas recomendações: não ficar horas torrando ao sol nem se expor entre 10h e 16h, começar com exposição lenta e gradual (15 minutos de frente e 15 minutos pelo dorso), consumir alimentos ricos
em betacaroteno e licopeno (mamão, cenoura, bergamota, laranja, abóbora e tomate), caprichar nos cremes hidratantes e fazer esfoliação facial e corporal uma vez por semana.
Quanto protetor usar
Uma pessoa com 70 quilos e estatura mediana deve passar:
:: 1 colher (chá) para rosto e pescoço
:: 1 colher (sopa) para cada membro
:: 1 colher (sopa) para tronco (frente e costas)
:: 1 colher (sopa) para braços e pernas
:: Não esqueça de passar nas orelhas, em cima dos pés e atrás dos joelhos.
:: No total, uma pessoa deve usar 20ml de protetor solar por vez.
Dicas para esportistas
:: Use sempre protetor solar de fator alto, com resistência a água e suor e que não arda os olhos.
:: Reaplique o protetor após suar, se molhar ou a cada duas horas.
:: Use roupas especiais, com proteção solar, chapéus ou bonés com abas largas.
Fontes: Sociedade Brasileira de Dermatologia, Instituto Nacional de Câncer e dermatologista Rafaela Bergmann Correia
Notícia
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