A empresa gaúcha Lojas Renner apresentou, na semana passada, em Baku, no Azerbaijão, sua meta de alcançar a produção de zero emissão de carbono até 2050, conforme o estabelecido pela Science Based Targets Initiative (SBTi). Reconhecida por suas iniciativas voltadas à transformação do mercado de moda e com foco em produtos e processos cada vez mais responsáveis ambientalmente, a varejista participou da COP29.
A Renner integra o projeto Retoma RS, liderado pelo Grupo RBS, que tem como objetivo contribuir com a recuperação do Rio Grande do Sul e a construção de um futuro melhor para os gaúchos. Além da varejista, participam da iniciativa focada em ESG Be8, Randoncorp e Aegea.
A Renner é uma das únicas companhias do segmento de moda no Brasil a ter metas chanceladas pela SBTi. Esse índice é uma parceria entre iniciativas como o Pacto Global da ONU e o Carbon Disclosure Project (CDP), que apresenta parâmetros baseados na ciência para ajudar empresas a atingirem emissões líquidas zero de gases que provocam o efeito estufa.
Durante a conferência em Baku, a Renner participou de dois painéis, reforçando compromissos, práticas e resultados alcançados para a mitigação dos impactos ambientais em toda a sua cadeia produtiva. O trabalho foi apresentado pelo gerente-geral de Sustentabilidade, Eduardo Ferlauto, nos painéis Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável para um Futuro Melhor e Sustentabilidade e Tendências ESG na Moda, no dia 14 de novembro.
— Hoje, todas as nossas lojas, centros de distribuição e toda a nossa base de energia são formadas a partir de fontes renováveis e de baixa emissão — afirmou Ferlauto.
A Lojas Renner S.A. também detalhou iniciativas inovadoras voltadas ao desenvolvimento de coleções que levam a varejista a ter oito em cada 10 peças de roupa mais sustentáveis. Neste ano, a empresa foi a marca brasileira com a melhor colocação na primeira edição do ranking Most Sustainable Companies, da revista americana Time, com as 500 empresas mais sustentáveis do mundo.
A estratégia de moda responsável como cross ao negócio teve início em 2013, quando a empresa tornou sustentabilidade um valor corporativo. Em Baku, um dos painéis tratou de economia circular.
— Estamos fazendo testes de circularidade, mas nosso desafio é a grande escala — comentou Regina Durante, diretora de Gente e Sustentabilidade da Renner.
Desafios
Outra empresa parceira do projeto Retoma RS, a Aegea, companhia de saneamento controladora da Corsan, também participou da COP29. O presidente do Instituto Aegea, Édison Carlos, destacou como escassez de água ou o excesso de chuva desafiam a empresa em seu compromisso de levar água a 33 milhões de brasileiros em 766 cidades distribuídas em 15 Estados.
— Os eventos climáticos, com pouca ou muita chuva, são relevantes. Faz parte do nosso trabalho acompanhar as discussões globais e os compromissos de adaptação e mitigação, para termos a oportunidade de contar o que a gente vem fazendo. A COP é palco importante para a gente contar as expertises que a Aegea vem tendo — explicou.