O Megane E-Tech elétrico combina o luxo, o conforto, o desempenho e a tecnologia. Visual ousado, o crossover Renault tem ótimo espaço, bom porta-malas e avançados recursos eletrônicos. Com motor 100% elétrico de 220 cv, a autonomia de uso misto é de 337 no percurso urbano pela norma SAE J1634. Em versão única, o Renault Megane E-Tech tem preço de R$ 199.990.
Produzido em Douai, na França, o Megane E-Tech é montado sobre a plataforma CMF-EV que tem a bateria sob o assoalho e integrada à arquitetura do crossover. Com 11 centímetros de altura, a solução permitiu melhor aproveitamento do espaço, aumentou a resistência à torção e reduziu o centro de gravidade.
O Megane 100% elétrico traz a nova identidade visual da Renault. O visual ousado combina as características de hatch, cupê e utilitário esportivo como o volume do porta-malas ou a linha de cintura alta, o teto descendente, as bitolas alargadas e as maçanetas das portas integradas.
As linhas avançadas e levemente arredondadas valorizam o visual. O conjunto óptico conta com faróis afilados full LED, luzes diurnas e a nova assinatura em LED. No centro, o novo logotipo da marca. O capô, o para-choque e os para-lamas são marcados por recortes.
As rodas de 18 polegadas são diamantadas, as maçanetas dianteiras embutidas nas portas e as traseiras na coluna. As lanternas finas em duas faixas têm efeito 3D difuso e os sinalizadores são dinâmicos.
Com metros 4,20 metros de comprimento, 1,78 metro de largura e 1,50 m de altura, a distância entre eixos de 2,68 m privilegia o espaço interno. O porta-malas leva 440 litros.
Avançados interior e propulsão
Acesso por aproximação, o sofisticado interior combina materiais reciclados e premium como nos bancos. O painel é revestido de material emborrachado e, como as laterais e moldura das portas em Alcântara, tem detalhes em alumínio e preto brilhante. A alavanca de marchas atrás da direção e o botão de controle do sistema Multi-sense no volante liberaram espaço entre os bancos dianteiros, o que permitiu a instalação um porta-objetos aberto.
O avançado quadro digital de instrumentos de 12,3 polegadas e o multimidia OpenR de tela de nove polegadas sensível ao toque e comando por voz são integrados. O conjunto tem revestimento antirreflexo. Com navegação integrada, o sistema interativo também com Android Auto, Apple CarPlay e aplicativos sem fio. A recarga do celular é por indução.
As teclas tipo piano de diversos controles e o espaço para recarga do celular por indução ficam abaixo do multimídia. Duas portas USB C e tomada de 12V na frente e duas USB C atrás facilitam a conectividade. A iluminação ambiente em LED pode ser personalizada em 48 diferentes cores.
A tropicalização do Megane E-Tech destinado ao Brasil e a América Latina envolveu o aperfeiçoamento da suspensão, a traseira multilink, e a adoção de uma nova direção com assistência elétrica.
O conjunto propulsor do Megane E-Tech combina o motor de 220 cv, força (torque) de 30,6 kgfm e quatro níveis de frenagem regenerativa (seleção por aletas atrás do volante) com a bateria de 60 kWh. O motor pesa 145 quilos, incluindo a transmissão, e a bateria 395 quilos.
A autonomia do crossover é de até 495 km no uso urbano, 463 km no rodoviário e 481 km no uso misto, segundo a norma SAE J1634, utilizada pelo Inmetro. Pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, que reduz o percurso em 30% na autonomia de uso misto, fica em 337 km da norma SAE J1634.
A recarga da bateria pode ser feita em carregadores rápido de 130 kW e de 22 kW em sistema trifásico. Para carregar dos 15% até 80% da carga da bateria em DC 130 kW são necessários 36 minutos e, em um Wallbox de 22 kW, uma hora e cinquenta minutos. O cabo Modo 3 para recarga em terminais públicos ou privados é de série. Como acessório, o cabo flexicharger permite a recarga em casa em uma tomada tradicional.
O crossover traz recursos de apoio à condução, ao estacionamento e à segurança. São recursos como controle eletrônico de velocidade adaptativo com stop&go, alertas de saída de faixa e de pontos cegos e tráfego cruzado traseiro, os assistentes de manutenção de faixa e de manutenção de faixa de emergência e frenagem automática de emergência em marcha a ré incluindo pedestres, entre outros.
O Megane E-Tech acelera de 0 a 100 km/h em 7,4 segundos e chega a velocidade máxima de 160 km/h limitada eletronicamente segundo os dados divulgados pela Renault.
Ágil nas ruas e estradas
O visual ousado com linhas fluidas levemente arredondadas e a sofisticação francesa chamaram a atenção. O efeito do teto preto dos arcos cromados e as rodas diamantadas valorizam o design do Megane elétrico.
O comportamento do crossover foi bom nas ruas e nas estradas. Os 220 cv de potência e a força (torque) de 30,6 kgfm combinados com a direção elétrica progressiva garantiram perfeita dirigibilidade e o controle do Megane. A potência e força facilitam as arrancadas e retomadas de velocidade rápidas e ultrapassagens tranquilas, típicas de carros elétricos.
A suspensão independente nas quatro rodas - a dianteira tipo McPherson, e a traseira multi-link, firmes mas sem comprometer o conforto, ignoraram as irregularidades do pavimento como buracos, quebra-molas, valetas e o paralelepípedo irregular. O que ocorreu também em trechos de terra e areia.
A estabilidade foi boa e em trechos sinuosos sem oscilação da carroceria mesmo em velocidades mais elevadas. O bom isolamento acústico garantiu apenas o ruido do vento na estrada.
O retrovisor interno digital através de uma câmera garantiu a visibilidade traseira prejudicada pelas linhas típicas de um crossover com o teto descendente e a o para-brisa reduzido. Como sempre, quando avaliamos um carro elétrico, o controle da bateria tem atenção especial. Com carga próxima aos 500 quilômetros rodamos em Porto Alegre e no litoral.
No retorno do litoral planejamos recarregar a bateria em um posto de Osório. No eletroponto, o carregador disponível estava com problema, o que não chegou comprometer o retorno à capital onde recarregamos a bateria em um shopping da zona Sul.
Conclusão
O Megane E-Tech agrada pelo visual, interior, comportamento e tecnologia. Com a readequação do preço, o crossover Renault está entre as principais alternativas entre os carros elétricos do seu segmento.
O conforto, o conjunto propulsor, a autonomia e o desempenho foram ótimos nas ruas e rodovias. Com condutor e acompanhante ou com cinco ocupantes e bagagem, atendeu às necessidades de quem precisa de carro para viagem. Claro, que antes de pegar a estrada, deve ser feito o roteiro com opções de postos de recarga da bateria para não correr o risco do carro ficar sem energia.
Como sempre, na decisão de compra, é importante avaliar a relação custo-benefício observando o uso e na comparação com as demais opções do seu segmento de crossovers elétricos ou híbrido no caso de viagens constantes e nem sempre com disponibilidade para recarga da bateria.