Racional, a Titano Ranch encara o asfalto e a terra na cidade e no campo. Motor turbo diesel, câmbio automático e tração 4x4, a picape média Fiat roda com conforto. O novo modelo completa a linha de picapes da marca italiana, líder das picapes compactas e intermediárias. A Fiat Titano Ranch 2025 tem preço de R$ 259.990.
A liderança nos segmentos de picapes compactas e intermediárias estimula a Fiat a apostar na Titano. A engenharia da montadora de Betim (MG) tropicalizou a nova picape média para atender às características do mercado brasileiro.
A Titano recebeu novas suspensões, coxins de cabine, rodas, bancos, calibrações específicas com maior distância do solo e aderência.
Montada pela Nordex, em Montevidéu, no Uruguai, a Titano é uma evolução do projeto da Peugeot com a chinesa Changan que originou a Landtrek, antes da criação da Stellantis.
A arquitetura da nova picape média Fiat conta com chassi em duplo-U, suspensão traseira com eixo rígido e feixe de molas e freios a disco na frente e tambor atrás como as principais concorrentes. A direção é hidráulica.
O visual robusto, a cabine dupla e as linhas fortes valorizam o design da Titano. A grade robusta, o grupo óptico com faróis, luzes diurnas (DRL) e lanternas em LED e o skidplate cinza chamam a atenção da Titano. As rodas de liga leve de 18 polegadas, os estribos laterais, o santantônio cromado com barras de proteção dos vidros e capota marítima completam o visual.
São 5,330 metros de comprimento, 2,221 metros de largura (com espelhos), 1,898 metro de altura (com barras longitudinais) e entre eixos é de 3,180 metros. A distância do solo é 23,5 centímetros, 29° de ângulo de entrada e 27° de ângulo de saída.
Com santantônio, protetor e capota marítima, a caçamba tem 1,630 metro de comprimento, 1,925 metro de largura e 50 milímetros de altura. A capacidade de carga é de 1.020 quilos e a de reboque de 3,5 mil quilos.
Interior e conectividade
Acesso por aproximação e partida por botão, o interior revestido em couro, cromado e plástico remete aos carros Peugeot. O volante é multifuncional e o quadro de instrumentos analógico e digital tem tela colorida 4,2 polegadas.
A central multimídia com tela de 10 polegadas é interativa com Android Auto e Apple CarPlay por cabo e traz navegação integrada. A visão 360° off-road conta com quatro câmeras e mostra o entorno do veículo.
Os bancos são em couro, sendo os dianteiros com ajuste elétrico. Os traseiros modulares podem ser rebatidos, o que permite levar até 100 quilos atrás da segunda fileira de bancos. O ar-condicionado digital é de duas zonas.
Tecnologia e propulsão
A Titano conta com seis airbags, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, controles eletrônicos de estabilidade e tração, alerta de saída de faixa, assistentes de partida em rampa e em descidas e detector de pressão dos pneus, sensores de chuva e dianteiro, entre outros.
A nova picape compartilha o motor 2.2 turbo diesel com o Fiat Ducato, o Citroën Jumper e o Peugeot Boxer que foi recalibrado. O propulsor de 180 cv e força (torque) de 40,8 kgfm atua com câmbio automático de seis velocidades e tração 4x4. O sistema conta com três modos de tração: 2H (rodas traseiras), 4H (quatro rodas) e 4H com reduzida.
Pelos dados da Fiat, a Titano Ranch acelera de 0 a 100 km/h em 12,4 segundos e chega a velocidade máxima de 175 km/h.
Ruas e estradas
A impressão que a Titano Ranch deixou ao encarar bem o asfalto e a terra batida, sentindo o trecho precário em trilhas improvisadas no Mato Grosso, avançou na avaliação pelas ruas e estradas do Rio Grande do Sul.
Foram 600 quilômetros, boa parte percorridos em rodovias. A picape média Fiat rodou tranquila com comportamento compatível com as características do conjunto propulsor. Desempenho próximo de versões das suas principais concorrentes.
Os 180 cv e força (torque) de 40,8 kgfm do motor 2.2 turbo diesel combinado com câmbio automático de seis velocidades e tração 4x4 garantiram potência e força. Com a tração nas rodas traseiras, acompanhou o trânsito urbano, mas a direção hidráulica foi pesada em algumas manobras, como as de estacionamento.
Nas rodovias como as BR 290 e BR 101 e na Estrada do Mar, o conjunto propulsor garantiu arrancadas e ultrapassagens firmes com a recuperação adequada de velocidade. A troca de marchas silenciosa pelo câmbio automático atendeu ao acelerador ou as necessidades do percurso considerando as necessidades de uma picape mais voltada para o trabalho.
Bem calibrada, a suspensão não comprometeu o conforto com a caçamba vazia, mesmo em velocidades mais elevadas. Situação normal para picapes preparadas para rodar com carga na caçamba.
A estrada de terra batida com buracos e desníveis não chegou a prejudicar o comportamento da picape. Robusta, a suspensão suportou os impactos, mas transmitiu ao interior e à carroceria as oscilações do piso. O que, nas situações mais radicais provocou desconforto para os ocupantes da picape.
O consumo de combustível pelo Inmetro é de 8,5 km/l na cidade e 9,2 km/l na estrada. Durante a avalição, no trânsito urbano, as médias ficaram de 7,9 km/l a 9,1 km/l. Na estrada, em velocidade constante de 80 km/h variaram de 10,3 km/l e 13,6 km/l e de 9,5 km/l a 12,2 km/l.
Conclusão
Voltada para o trabalho, robusta e versátil, a Titano atende quem precisa de espaço e capacidade de carga. Na versão topo de linha Ranch, suas principais qualidades não comprometem o conforto no uso diário, nas cidades ou em viagens.
O conjunto propulsor atendeu às necessidades de uma picape voltada para o trabalho. A direção hidráulica pesada em manobras, como as de estacionamento, lembrou a necessidade de uma direção com assistência elétrica. Bem calibrada, a suspensão só provocou desconforto em situações mais radicais.
Como sempre, na decisão de compra é importante avaliar a relação de custo e benefício em relação ao uso e na comparação com as demais versões da Titano, como também com as principais concorrentes do seu segmento, em especial a Toyota Hilux, a Ford Ranger, Chevrolet S10 e Nissan Frontier.