O Compass 4xe híbrido, sofisticado, com conectividade e tecnologia, combina motores elétrico e turbo. O conjunto propulsor com 240 cv, o câmbio automático e a tração 4x4 garantem bom desempenho, autonomia e economia de combustível. Rodamos 700 quilômetros pelas ruas e estradas gaúchas com o Jeep Compass Série S 4xe PHEV tem preço de R$ 347.300.
Produzido em Melfi, na Itália, o Compass híbrido plug-in remete ao irmão brasileiro Série S T270 no visual e interior. Bem completo, o utilitário esportivo importado traz mais conectividade, tecnologia de segurança e os benefícios de um carro elétrico. O sistema propulsor compensa o menor tanque de combustível e garante maior autonomia.
Rodamos com todas as versões do utilitário esportivo médio mais vendido no país e o comportamento do híbrido é próximo ao do flex mas com melhor desempenho e autonomia. A potência e força (torque) do conjunto propulsor, a tração 4x4 e novos recursos eletrônicos são as principais diferenças.
O conjunto propulsor do Compass 4xe combina o motor 1.3 turbo de 180 cv e força (torque) de 27.5 kgfm com o elétrico de 60 cv e 24,2kgfm. A potência combinada é de 240 cv e o câmbio automático de seis velocidades. O motor a propulsão atua nas rodas dianteiras e o elétrico nas traseiras, o que garante a tração 4x4.
A bateria de tensão de 400 volts tem refrigeração e inversor de corrente integrado, fica na plataforma abaixo do banco traseiro. Protegida de elementos externos, incluindo imersão na água, a bateria de 11,4 kWh garante autonomia de até 44 quilômetros rodando apenas com o motor elétrico.
Quatro modos de condução ajustam a troca de marchas, resposta do acelerador e assistência da direção elétrica. O Auto visa performance, o snow (neve) pisos escorregadios e de baixa aderência e o sand/mud (areia/lama) para trilhas, lama e piso macio. O Sport garante a potência máxima.
O sistema de propulsão trabalha com três opções. A Hybrid é padrão e o funcionamento dos motores é determinado pela central eletrônica. Na Eletric a tração é pelo motor traseiro com velocidade de até 130 km/h e rodagem de 44 quilômetros. A e-Save mantém ou carrega a bateria até 80% com a força do motor térmico.
A recarga da bateria em tomada doméstica de 110 V/220 V com carregador portátil leva de quatro e 20 horas, de acordo com a tensão. Com o Wallbox de potência de 7,4 kW, a recarga completa leva 100 minutos no modo mais rápido ou nove horas no mais lento.
Interior e conectividade
O bom acabamento interno do Compass remete ao S fabricado em Goiana (PE) e combina couro, plástico e aço escovado. As costuras do painel, bancos e laterais das portas e os comandos do sistema de eletrificação são personalizados.
O quadro digital de instrumentos tem tela de 10,25 polegadas e traz também as informações do sistema híbrido. A multimídia Adventure Intelligence com tela de 10,1 polegadas sensível ao toque e comando por voz é interativa com Android Auto, Apple Carplay e aplicativos sem fio.
Com GPS integrado, a tela multimídia mostra também imagens da câmera de ré e do sistema de visão 360 graus com câmeras sob os retrovisores, na frente e atrás. O ar-condicionado digital é de duas zonas e o teto solar panorâmico tem acionamento elétrico. O carregador do celular é por indução.
O aplicativo Adventure Intelligente realiza diversas funções à distância pelo celular. Além das funções normais do veículo, inclui recursos do sistema híbrido como localização de postos de recarga, entre outras.
Com sete airbags, controles eletrônico de velocidade adaptativo, de estabilidade de tração e anto capotamento, alertas de colisão frontal com frenagem de emergência e detecção de pedestres e ciclistas e de mudança de faixas estão entre os recursos de auxílio à condução. Também comutação automática dos faróis, detector de fadiga do motorista, reconhecimento de placas de trânsito e sistema semiautônomo de estacionamento.
Potência e força
O comportamento do Compass híbrido remeteu ao dos irmãos Limited e Longitude turbo flex com o motor T270 de 180 cv. Claro, as vantagens do auxílio da propulsão elétrica e a potência combinada de 240 cv fizeram a diferença no desempenho.
O conjunto propulsor ignorou os 300 quilos a mais do Compass híbrido. O utilitário esportivo eletrificado acompanhou o fluxo de trânsito urbano, principalmente no anda e para do trânsito urbano, quando o motor elétrico garantiu acelerações rápidas.
A transição entre os dois motores só é sentida pelo silêncio, no modo elétrico, ou o baixo nível de ruído, com o propulsor a combustão. A troca de marchas é suave e silenciosa. Nas ruas e estradas sobraram potência e força.
Na cidade, o Compass rodou tranquilo com o modo híbrido que, além da maior força, reduziu o nível de ruído e o consumo de combustível. Nas BRs 116, 290 e 101 ou na RS-389, foi a vez do turbo facilitar a condução nos limites de até 110 km/h. Utilizamos o modo Sport apenas para testar as respostas mais rápidas em relação ao desempenho padrão.
O modo e-Save facilitou rodar com tranquilidade e recarregou a bateria quando a carga estava baixa. Durante o teste, usamos três vezes eletro postos para carga rápida. O e-Save garantiu manter a carga para cumprir os percursos urbanos.
Pelo Inmetro, o Compass 4xe híbrido plug-in roda 25,4 km/l na cidade e 24,2 km/l em rodovia e tem autonomia de 927 quilômetros. Durante nosso teste, as medias variaram de 15,9 km/l a 22,2 km/l no trânsito urbano. Nas rodovias, em velocidade constante, foram de 15,3 km/l a 20,4 km/l a 80 km/h e de 15,1 km/l a 19,5 km/l a 110 km/h.
Conclusão
Bem completo, o Compass 4xe híbrido remete ao irmão brasileiro Série S T270. Sofisticado, com mais conectividade e tecnologia, combina motores elétrico e turbo com câmbio automático e os benefícios dos carros eletrificados.
O conjunto propulsor garante bom desempenho, autonomia e economia de combustível, principalmente no uso urbano. A autonomia de 50 quilômetros com motor elétrico atende às necessidades para rodar na cidade e o modo híbrido garante tranquilidade na estrada.
Como sempre, a avaliação do uso e do custo-benefício em relação às diversas versões do irmão brasileiro é fundamental. Principalmente ao considerar o preço ainda elevado dos carros eletrificados.