Se o novo motor 1.3 turbo flex deu o desempenho adequado ao Compass 2022, na versão Limited, o acabamento avançou em sofisticação, conforto, conectividade e segurança. Rodamos 600 quilômetros com a opção topo de linha bicombustível que recebeu também recursos eletrônicos de auxilio à condução. O Jeep Compass Limited T270 Turbo Flex AT6 tem preço sugerido a partir de R$ 176.990, sem opcionais.
As mudanças do Compass 2022 foram as mais marcantes desde que o modelo chegou, fabricado em Goiana (PE), em 2016. Concordamos que a frente renovada, o novo conjunto propulsor e o interior caprichado distanciaram o líder dos utilitários esportivos médios de outros modelos.
A atualização visual do Compass 2022 foi focada na frente, como destacou a jornalista Priscila Nunes, que também conduziu o utilitário esportivo.
Os novos faróis, luzes diurnas e auxiliares de neblina em LED são separados pela tradicional grade de sete aberturas, que foi levemente inclinada.
Também são novos os para-choques, as rodas de 19 polegadas e as lanternas traseiras em LED.
Sofisticado interior
O novo e sofisticado interior com revestimento em couro, materiais macios e detalhes em bronze, cromado e preto brilhante personalizaram o Compass Limited turbo flex. Como no Longitude turbo flex, que testamos recentemente, o painel e as laterais das portas com costuras têm bom acabamento.
Bem completo, o acesso é por aproximação e a partida por botão ou remota pelo celular. O novo volante, a direção elétrica e os bancos em couro com ajustes elétricos facilitaram rodar por longos percursos na estrada.
Como Priscila destacou, a principal mudança interna foi a nova central multimídia com tela de 10,1 polegadas, estilo flutuante, sensível ao toque e comando por voz, navegação integrada e interativa com Android Auto, Apple CarPlay e aplicativos sem fio.
O novo multimídia chegou carregado de tecnologia como o Adventure Intelligence com 4G e Wi-Fi, além da Alexa, a assistente pessoal da Amazon. É claro que a Priscila, depois de testar e usar exaustivamente, aprovou o sistema que permitiu a visualização e operação de diversas funções e serviços pelo celular, da partida remota à localização do veículo e condições de uso, entre outras.
Conforto a bordo
O quadro de instrumentos digital de 10,25 polegadas é colorido e programável. O ar-condicionado de duas zonas permitiu temperaturas diferenciadas e facilitou a convivência como eu, que fiquei com o ar mais frio, e a jornalista, com ar mais quente.
O novo carregador sem fio para celulares agradou Priscila. Foi considerado bom para os “esquecidinhos” como ela. Lembrou que, às vezes, esquece de levar o cabo em outros locais. Por isso, ter a indução ajuda a manter o celular sempre conectado. Os passageiros do banco traseiro também contam com saídas de ar e portas USB.
Outra mudança que agradou foi no som. Particularmente, Priscila achou uma ótima alteração o Beats. Lembrou que sua melhor amiga tem um Compass e, mais de uma vez, comentaram que o aperfeiçoamento no som faria diferença. Dito e feito. Excelente, comemorou.
O generoso teto solar panorâmico com comando elétrico foi valorizado por Priscila que, como eu, gosta do interior iluminado. Em especial, para viagens, principalmente no verão, pois podemos abrir e aproveitar a luz solar.
Ruas e estradas
O comportamento do Compass Limited turbo flex foi semelhante ao do Longitude com o mesmo conjunto propulsor que testamos e tinha também como opcional o pacote dos recursos eletrônicos de segurança. O câmbio automático de seis velocidades distribuiu bem os 180 cv a gasolina (185 cv com etanol) e a força (torque) de 27,5 kgfm do 1.3 turbo flex na tração dianteira.
O Limited acompanhou o fluxo de trânsito urbano. Sobraram potência e força, respostas rápidas e troca suave e silenciosa de marchas. Nas ruas, além do conforto do câmbio automático, Priscila destacou a praticidade do Auto Hold, que permitiu ficar parado no transito sem o pé no freio e do assistente de estacionamento. Também considerou o Jeep ótimo para enfrentar os buracos e quebra-molas, pois ele é mais “altinho”.
A estrada foi habitat natural do Compass Limited. O 1.3 turbo flex mostrou sua potência e força nas rodovias como as BRs 116, 290 e 101 ou na RS-389. Na autoestrada Porto Alegre-Osório, rodou tranquilo no limite dos 110 quilômetros por hora. Acompanhou carros mais potentes e bastou pisar no acelerador para ultrapassagens rápidas e seguras.
Silencioso, o ruído interno aumentou acompanhando a velocidade ou nas ultrapassagens.
A direção elétrica e a suspensão, firmes sem comprometer o conforto, garantiram perfeito domínio do veículo.
Ao contrário do Gilberto, não gosto muito de condução esportiva, mas para testar usei a troca sequencial de marchas por aletas no volante. Ele acionou o modo Sport, que deixou as respostas do acelerador mais ágeis e a direção mais firme. Sempre com segurança e dentro dos limites de velocidade.
Tecnologia e segurança
Os recursos como os controles de estabilidade e tração auxiliaram a condução nas curvas mais acentuadas e dentro dos limites de velocidade. Os controles eletrônicos de velocidade adaptativo, de frenagem de emergência, monitoramento de mudança de faixa e mudança automática dos faróis entraram em ação quando preciso. Também entre os opcionais estavam o monitoramento de placas, detector de fadiga e mudança automática dos faróis.
O consumo de combustível do Limited foi praticamente igual ao do Longitude e melhor em relação aos dados do Inmetro de 10,2 km/l na cidade e 11,7 km/l na estrada com gasolina. Nossas médias ficaram de 7,8 km/l a 11,1 km/l, no trânsito urbano, e de 12,7 km/l a 16,3 km/l (80 km/h) e de 10,2 km/l a 15,4 km/l (110 km/h) na estrada.
Conclusão
A atualização revigorou o Compass Limited e a versão Turbo Flex 2022 para enfrentar os concorrentes. O novo motor T270, a sofisticação interna e os recursos eletrônicos qualificaram o utilitário esportivo Jeep. Como Priscila lembrou, testamos todas as outras versões do Jeep e o Compass Limited turbo flex é uma ótima opção, principalmente para quem tem família e costuma viajar.