A Montana Premier agrada pelo conforto, pela tecnologia e pela versatilidade. O comportamento da picape Chevrolet no uso diário remete a um utilitário esportivo compacto ou a um automóvel com caçamba. Posicionada entre as líderes Fiat Strada e Toro, a Montana chega com o desafio de repetir a trajetória de sucesso dos irmãos Onix e Tracker. Bem completa, na versão topo de linha, traz recursos eletrônicos de apoio à condução e à segurança. Rodamos 600 quilômetros pelas cidades e estradas gaúchas com uma Chevrolet Montana Premier 1.2 Turno AT6 que tem preço sugerido de R$ 142.590.
Combinar o conforto e a dirigibilidade de um utilitário esportivo com a robustez e a versatilidade de uma picape foi a proposta da General Motors ao desenvolver a nova picape. Como diferencial, apostou na caçamba multiflex, projetada para funcionar como uma espécie de porta-malas gigante. Exatamente o que fez a diferença em relação às concorrentes Fiat Toro e a Renault Oroch.
Bem completa, a Montana compartilha a plataforma com o Tracker e o Onix.
O visual, o interior e o conjunto propulsor também remetem ao utilitário esportivo compacto. O porte robusto é destacado pela generosa grade que separa o grupo óptico com faróis full LED e luzes diurnas (DRL) e de posição em LED. Acabamentos cromados e adesivos nas colunas, as barras longitudinais no teto são escurecidas.
Conforto e conexão
Acesso por aproximação e partida por botão, o interior tem acabamento premium com detalhes que remetem a aço escovado. Volante multifuncional com ajuste de altura, o painel combina plástico e material macio. O quadro de instrumentos conta com mostrados analógicos e digitais. Os bancos são revestidos em couro e tecido, e o ar-condicionado é automático digital.
O multimidia MyLink com tela de oito polegadas sensível ao toque e comando por voz é interativo com Android Auto, Apple Car Play e aplicativos sem fio e mostra também imagem da câmera de ré.
A Premier conta com Wi-Fi, OnStar, myChevrolet App e atualização remota de sistemas eletrônicos. Além de tomada de força 12V no console central, traz portas USB tipo A e C para passageiros dos bancos da frente e traseiros.
A caçamba multiflex, que diferencia a Montana das concorrentes, conta com divisórias moduláveis em diversos espaços, protetor e capota marítima. A tampa traseira tem abertura elétrica.
Com seis airbags, a Montana Premier traz recursos eletrônicos como controles eletrônico de velocidade, estabilidade e tração, alertas de frenagem de emergência e de ponto cego, assistente de partida em aclive, monitoramento da pressão dos pneus e sensor de estacionamento, entre outros.
Como um automóvel
Com 4,717 metros de comprimento, 1,798 m de largura, 1,659 m de altura e distância entre eixos de 2,800 m, a Montana acomoda bem o condutor e acompanhante. No banco traseiro o espaço é bom para dois adultos e uma criança. A picape pesa 1,310 kg e a caçamba leva 874 litros de caçamba ou 600 kg.
A condução da Montana remete ao irmão Tracker no conforto, na dirigibilidade e na segurança. Nas ruas, o comportamento ficou mais para um carro de passeio do que para uma picape, acompanhando o trânsito pesado. Na estrada, rodou leve. A direção elétrica leve, o conjunto propulsor eficientes e a suspensão macia sem comprometer a estabilidade garantiram o bom comportamento sempre com o perfeito domínio do carro.
A transmissão automática de seis velocidades distribuiu bem os 132 cv e força (torque) de 19,4 kgfm com gasolina (133 cv e 21,4 kgfm com etanol) do motor 1.2 turbo na tração dianteira. Sobrou potência e força tanto nas ruas quanto nas estradas, com respostas rápidas ao acelerador e trocas de marchas adequadas e imperceptíveis. Nas rotações mais elevadas, as respostas foram mais lentas, mas sem comprometer o comportamento e a segurança da picape. A vibração do motor de três cilindros turbo foi mínima, mesmo em situações mais severas.
O isolamento acústico garantiu o baixo nível de ruido interno, semelhante ao do utilitário esportivo Tracker.
A suspensão com duplo batente na traseira ignorou o pavimento irregular, lombadas e quebra-molas comuns nas nossas ruas e estradas. Garantiu a estabilidade necessárias nas curvas mais acentuadas e velocidades elevadas.
O consumo de combustível da Montana Premier com gasolina ficou próximo ao do Inmetro de 11,1 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada. No trânsito urbano, nossas médias ficaram de 10,8 km/l a 15,1 km/l. Nas rodovias, em velocidade constante, foram de 14,9 km/l a 20,3 km/l a 80 km/h, e de 13,4 km/l a 16,7 km/l, a 110 km/h.
Conclusão
Bem completa, a General Motors não exagerou ao garantir que a Montana Premier combina o conforto e a dirigibilidade de um utilitário esportivo com a robustez e a versatilidade de uma picape. O comportamento da versão topo de linha remete à irmã Tracker com a qual compartilha a plataforma, o conjunto propulsor e detalhes visuais e do interior.
Com a dirigibilidade de um utilitário esportivo ou de um automóvel, a Montana é uma picape urbana própria para o uso diário que, em caso de necessidade, conta com uma caçamba flexível. Como sempre, na decisão de compra deve ser avaliada a relação custo/benefício em relação às demais versões da picape e na comparação com suas concorrentes, a Renault Oroch e a Fiat Toro.