A falta de componentes eletrônicos compromete a produção de veículos. A parada parcial e mesmo total das linhas de montagem, que começou com a pandemia da coronavirus, no ano passado, continua no Brasil como também nos Estados Unidos, Europa e Ásia. A paralização evitar o acúmulo de carros incompletos nos pátios. A situação foi agravada com a invasão da Rússia na Ucrânia que reduziu o fornecimento de materiais utilizados na fabricação de semicondutores e anova onda da coronavírus na China.
A semana começou com a suspensão da montagem de veículos nesta segunda-feira (18) pela Volkswagen e Mercedes-Benz.
O setor automotivo trabalhava com a expectativa de que o fornecimento de componentes será normalizado neste semestre. Mas o confronto da Rússia com a Ucrânia e a volta da coronavírus na China adiaram a esperança dos executivos do setor setor e agora a previsão da volta à normalidade do suprimento só deverá ocorrer em 2023.
Fábricas Anchieta e Taubaté
A Volkswagen suspendeu a produção na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP) nesta semana estendendo o feriado da próxima quinta-feira (21). A medida foi tomada pelo volume de carros incompletos pela falta de peças com semicondutores. A planta produz o Polo, Virtus, Nivus e Saveiro.
A linha de montagem da unidade da Volkswagen de Taubaté (SP), que fabrica o Gol e Voyage, também teve a produção paralisada nesta semana. Mas o motivo alegado pela montadora foi a adequação da linha de produção.
Caminhão, ônibus, cabine e motores
Os funcionários das fábricas de caminhões, ônibus, cabines e motores da Mercedes-Benz entraram em férias coletivas. Os 5.600 funcionários das unidades de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG) voltarão ao trabalho no dia 4 de maio. A montadora alemã também enfrenta a falta de componentes. Pelo mesmo motivo, um grupo de 600 funcionários da planta paulista que estão em lay-off retornarão ao trabalho no dia 8 de maio.
A Mercedes-Benz já havia suspendido os contratos de 600 trabalhadores por 12 dias, até o dia 25 de março. Após o retornarem, outros 600 entraram em lay-off também por 12 dias até 8 até abril. A nova parada ocorre em um momento em que o mercado de caminhões está em alta.