O agravamento da pandemia do coronavirus, os protocolos sanitários, a falta de componentes e os feriados antecipados continuaram comprometendo o setor automotivo. Com a baixa base de fevereiro, apesar da parada temporária da maioria das linhas de montagem, a produção, venda e exportação de veículos cresceram em março. No trimestre o resultado também foi positivo.
Produção. venda e exportação
Em março saíram das linhas de montagem 200,3 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus com o crescimento de 1,7% em relação a fevereiro e 5,5% na comparação com março de 2020.
A venda de 189,4 mil veículos cresceu 13,1% e 15,7% nos mesmos períodos.
Ainda foram embarcados 36,8 mil veículos, 11,2% a mais sobre fevereiro e 19,5% em igual período do ano passado.
Marcha lenta
As linhas de montagem reduziram a velocidade e 30 fábricas de 14 montadoras fecharam o mês paradas. Como resultado, os estoques foram reduzidos para 101, 1 mil unidades nos pátios das fábricas e concessionárias.
Janeiro a março
A produção acumulada no trimestre de 597,8 mil veívulos cresceu 2% sobre o mesmo período de 2020. Já os 527,9 registros representaram a queda de 5,4% em relação ao primeiro trimestre de 2020, quando começou a pandemia do coronavírus e a economia quase parou. Mas o tombo foi de quase de 23% na comparação com o ultimo trimestre do ano passado.
.O melhor resultado no acumulado do trimestre ficou com a exportação e o embarque de 95,8 mil unidades, 7,6% mais sobre igual período de 2022. Os dados do desempenho do setor foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automores nesta quarta-feira (07).
Travessia difícil
Para o próximo trimestre, a expectativa é de uma travessia penosa até uma aguardada melhora no segundo semestre. “Temos três pontos de grande preocupação”, alerta presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
O momento é de chamar a reponsabilidade de todos as esferas de poder para um esforço de vacinação e para o controle das contas públicas, além do destravamento das pautas reformistas no Congresso
LUIZ CARLOS MORAES
Presidente da Anfavea
A situação alarmante da pandemia no país, que só deve se estabilizar a médio prazo com a aceleração da vacinação é o primeiro ponto citado pelo executivo.
Segue o conjunto dos fundamentos econômicos, ameaçado não só pela pandemia, mas também pelo excesso de ruídos políticos.
O terceiro ponto são alguns gargalos na produção, sobretudo de componentes eletrônicos, “um problema global sobre o qual não temos controle e que deve perdurar ao longo do ano”, conclui o executivo.
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