A fusão da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) com a Renault será avaliada pelo conselho de administração do grupo francês. O órgão confirmou que estudará com interesse a proposta apresentada na manhã desta segunda-feira (27) e que determina a participação de 50/50 para cada empresa. Na quarta-feira (29), será a vez da avaliação pelo comando da Nissan.
Escala de produção
Se efetivada, a fusão do grupo ítalo-americano com o francês criaria a terceira maior montadora do mundo, com 8,7 milhões de veículos vendidos por ano, atrás apenas da Volkswagen (10,6 milhões) e Toyota (10,59 milhões). Com as parceiras Nissan e Mitsubishi, seria o maior fabricante global com mais de 15 milhões de veículos por ano.
A sinergia estimada entre a FCA e a Renault seria de 5 bilhões de euros (R$ 22,5 bilhões) por ano. Para a Nissan e Mitsubishi, a previsão é de mais um bilhão de euros (R$ 5,65 bilhões). As ações da companhia-mãe seriam listadas na Bolsa italiana (Milão), Euronext (Paris) e Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
A associação, se for aprovada, cobriria todos os principais segmentos do mercado automotivo global. Além das marcas tradicionais Fiat, Renault, Jeep e Ram, contaria com as premium de luxo Maserati e esportiva Alfa Romeo e as de acesso europeu Dacia e Lada.
Brasil
A fusão criaria o maior grupo automotivo com as marcas italiana Fiat e norte-americana Jeep, a francesa Renault e as japonesas Nissan e Mitusbishi. Teria quatro fábricas: Fiat, em Betim (MG) e Campo Largo (PR), Jeep, em Goiana (PE) e Renault, em São José dos Pinhais (PR). Atualmente, a General Motors lidera o mercado, seguida por Volkswagen, Fiat e Renault. Somadas as vendas de Fiat e Jeep, a FCA é a primeira.