Priscila Nunes / Especial / Tatuí (SP)
A Raptor que vimos no Salão do Automóvel de São Paulo impressionou pelo porte e a que testamos no campo de provas da Ford, em Tatuí (SP), pelo alto desempenho. A robusta picape esqueceu suas dimensões e peso guiada por um piloto que pisou fundo no acelerador. Na pista com segurança e suporte, andamos a 180 km por hora. A adrenalina foi grande.
No trajeto off-road com a Raptor exigida em condições extremas pelo piloto, o coração disparou equivalente à velocidade (deve ter ido a 180 batimentos por minuto). Se houvesse um medidor, com certeza chegaria a este valor. Sem brincadeiras. O trecho foi de pura emoção.
O motor V6 Ecoboost 3.5 biturbo, injeções direta e indireta de combustível, 456 cv e força (torque) de 70,5 kgfm, combinado com o câmbio automático de dez velocidades e suspensão especial, é um típico conjunto esportivo. Em verdade, estamos falando de uma picape de alto desempenho.
Depois do piloto, foi a vez dos jornalistas conduzirem a picape. Fomos para outra pista mais simples. Os comandos da Raptor são os de um veículo comum.
Apesar do porte avantajado e do peso de mais de duas toneladas, o pavimento, o percursos e as curvas mais brandas, em relação à experiência inicial, foram vencidas sem problemas. Nos trechos mais bruscos, sentimos os controles eletrônicos entrarem em ação, segurando o veículo e mantendo a trajetória.
As respostas rápidas da direção eletromecânica e do conjunto propulsor chamaram a atenção. Por alguns momentos, parecia que a traseira tinha saído do chão, mas logo voltava ao normal.
Percebemos que a Raptor foi feita para andar no asfalto, terra, areia, pedras e o que estiver pela frente. Como qualquer outra picape 4x4, mas com tamanho avantajado - 6,2 metros de comprimento, 2 m de altura e 2,5 m de largura – imaginem para estacionar.
A super picape conta com tração integral, seletor no painel e quatro opções de uso: 4x2 (tração traseira), 4A (com diferencial central livre), 4H (diferencial central bloqueado e tração distribuída 50% para cada um dos eixos) e 4L (4x4 reduzida).
Na segunda volta, sem tanta adrenalina conseguimos reparar melhor. As câmeras com visão 360° chamaram a atenção.
No interior da picape cabine dupla, espaço amplo e confortável. As alças de teto foram essenciais para amenizar a adrenalina do percurso. Os bancos dianteiros têm ventilação e aquecimento e dispõem de equipamentos. Parece mais com o interior de um SUV de luxo do que com o de uma picape bruta.
Fabricada nos Estados Unidos, segundo a comunicação da Ford, a importação oficial da Raptor seria inviável, ao menos no momento. Além disso, a picape da Ford para o mercado nacional é a Ranger. Por aqui, a importação das opções maiores não justificaria o investimento.
A protagonista do Ford Experience foi sim, a F-150 Raptor. Também andamos com o Mustang, que já publicamos o test-drive completo na pista, ruas e estradas.
Volante multifuncional, ar-condicionado de duas zonas, multimídia Sync 3 de oito polegadas sensível ao toque equipam a Raptor.
Também controles eletrônicos de velocidade adaptativo, de oscilação de reboque (evita a perda de controle por conta do acessório) e de velocidade em descidas, monitor de manobras de ré com reboque, assistentes de permanência em faixa e partida em rampa estão entre os equipamentos da picape de alto desempenho da Ford.
Viagem a convite da Ford.