A trajetória da Toyota no Brasil, que começou com o jipe Bandeirantes, em 1958, terá neste ano o lançamento de mais um carro, o Yaris, e desenvolvimento de um veículo híbrido flex. Será o primeiro modelo com propulsão a gasolina e ou etanol e elétrica. A Toyota Mobilite Foundation também iniciará suas atividades. As comemorações dos 60 anos da Toyota começaram semana passada, com jantar em São Paulo, que reuniu o comando da empresa, autoridades e jornalistas.
Reinventando o futuro é o tema dos 60 anos da Toyota no Brasil. A velocidade da mudança da indústria automobilística focando em novas tecnologias e conectividade, e a transformação de uma empresa de automóvel para uma empresa de mobilidade foi enfatizado pelo CEO da Toyota para a América Latina e Caribe e Chairman da Toyota do Brasil e Argentina, Steve St.Angelo.
Para o desenvolvimento de tecnologia e lançamento de novos produtos que “deverão revolucionar a nossa vida” a Toyota investirá na região US$ 2 bilhões nos próximos cinco anos, dos quais US$ 1,6 bilhão no Brasil. St. Angelo enfatizou que até 2025 todos os veículos da marca terão opção híbrida para atender as características de cada país.
- Os carros híbridos flex são o futuro. Estamos prontos para testar um híbrido flex aqui no Brasil com tecnologia brasileira.
O principal executivo da Toyota na América Latina e Caribe garantiu que os híbdros flex serão os mais limpos do mundo. Lembrou que o Inovar Auto – que terminou em dezembro de 2017 – abriu o caminho do futuro. Manifestou a confiança de que o programa Rota 2030 será anunciado breve.
St Angelo destacou que o híbrido elétrico flex será relevante, terá um futuro promissor, movimentará a indústria automobilística e permitirá a competitividade necessária para exportar. E advertiu que sem o Rota 2030 o futuro da indústria automobilistica poderá estar em risco.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Marcos Jorge de Lima, garantiu que o Rota 2030 passa por um ajuste fino e será anunciado em fevereiro.
Os sinais de recuperação do mercado brasileiro foi lembrado pelo presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang. O ano deverá fechar com a venda de 2,5 milhões de veículos, pouco mais de 10% sobre 2017.
O executivo reiterou que a empresa confia no país está votada para o futuro, atender a demanda do mercado interno e exportações. A montadora japonesa avalia a criação do terceiro turno, o que ocorrerá pela primeira vez em seus 60 anos no país. Será para aumentar a produção de motores e do Yaris. A Toyota pretende vender 200 mil veículos com crescimento em torno de 5% sobre 2017.
A Toyota iniciou suas operações no Brasil em 23 de janeiro de 1958, com a instalação de um escritório no centro da cidade de São Paulo. Em julho inaugurou sua primeira linha de montagem e cinco meses depois lançou seu primeiro veículo Land Cruiser, em CKD, o Bandeirante.
Em 1961, a japonesa comprou um terreno em São Bernardo do Campo (SP) e instalou primeira unidade industrial da Toyota fora do Japão. No ano seguinte passou a produzir o Bandeirante nacional que por 40 anos foi referência no mercado de utilitários. Em outubro de 1999, foi comemorada a produção de 100 mil unidades e, em novembro de 2001, encerrada a sua produção.
A construção da segunda fábrica, em Indaiatuba, começou em 1996. Com investimentos de US$ 150 milhões, o sedã médio Corolla, saiu da linha de montagem em setembro de 1998. Dois anos depois foram investidos outros US$ 300 milhões para a modernização, ampliação estrutural da fábrica e produção do Novo Corolla, em junho de 2002.
A terceira fábrica no país, em Sorocaba (SP) foi inaugurada em agosto de 2012. Com investimentos de US$ 600 milhões, a planta produz o Etios nas versões hatchback e sedã. Desde o lançamento, o compacto passou por diversos aperfeiçoamentos e, em 2017, teve mais de 70 mil unidades emplacadas. A capacidade de produção passou de 74 mil veículos ano para 108 mil. Com novos investimentos de R$ 1 bilhão, ainda neste semestre, produzirá também o Yaris.
A Toyota conta com quatro fábricas no país - Indaiatuba, Sorocaba, Porto Feliz e São Bernardo do Campo - e Centros de Pesquisa Aplicada e de Design. Também com três centros de distribuição de veículos em Guaíba (RS), Vitória (ES) e Suape (PE), um centro de distribuição de peças em Votorantim (SP) e escritório de representação em Brasília (DF).
No Centro de Distribuição de Guaiba (RS) é feita a nacionalização dos veículos importados da fábrica de Zarate, na Argentina. Os utilitários Hilux e SW4 e as peças de reposição produzidas argentinas chegam por via rodoviária. Após a checagem e ajuste de montagem para adaptação à legislação brasileira, os veículos são distribuídos para todo o país.
Viagem a convite da Toyota