Com Priscila Nunes
O trânsito congestionado de Buenos Aires no começo da manhã ou no final da tarde não é muito diferente de Porto Alegre. O que também ocorreu nas estradas, como a liga a maior cidade da Argentina com La Plata, a capital da província. Para completar, enfrentamos até manifestações populares, como estamos acostumados aqui, que pararam o trânsito nas principais ruas e avenidas de Buenos Aires por um bom tempo. Depois de rodarmos 900 quilômetros no Estado com o Cruze sedã, percorremos um pouco menos lá com o hatch (aqui Sport6): a principal diferença entre os dois modelos é o combustível. As demais, são apenas detalhes. O Chevrolet Cruze Hatch LTZ custa 473.700 pesos (cerca de R$ 115 mil) enquanto aqui, o mesmo modelo, o LTZ Sport6, sai por R$ 110.990, e o sedã LTZ, R$ 107.450.
Na Argentina, o motor 1.4 turbo a gasolina desenvolve 153 cve força (torque) de 24,5 kgfm enquanto aqui o turbo flex gera a mesma potência com etanol e 150 cv e 24 kgfm com gasolina. São 3 cv menos com o combustível fóssil mas que deixam a impressão de melhor desempenho para o argentino na estrada. Possivelmente pela adequação de relações de marchas da caixa automática de seis velocidades e o estilo de condução local.
Nas ruas, o anda e para é o mesmo nas principais cidades dos dois países. Como o gaúcho, o argentino pensa que dirige bem, abusa da buzina, nem sempre respeita as vias preferenciais e esquece que roda em vias públicas. Basta lembrar o movimento aqui durante o verão. Na estrada, eu e a jornalista Priscila Nunes, que também dirigiu o Cruze, tivemos a mesma impressão sobre o carro. Embora em velocidade moderada, dentro dos limites legais, foi possível sentir o melhor desempenho.
Respostas e retomadas rápidas que facilitaram ultrapassagens nas rodovias entre Buenos Aires e La Plata e cidades da Região Metropolitana da Capital Federal nos horários de maior movimento. Também em estradas secundárias de pista simples. Na autopista de acesso e saída de Buenos Aires acompanhamos o fluxo rápido mas evitamos imitar alguns motoristas mais apressados. A Priscila, que prefere dirigir durante o dia, acelerou à noite estimulada pela boa qualidade das rodovias, perfeita sinalização e condições de dirigibilidade do carro..
-Não senti os quase 100 quilômetros da região da La Plata até Buenos Aires. A viagem passou rápido, a boa dirigibilidade do Cruze - motor esperto, direção e suspensão macias, mas firmes - ajudou e, quando vimos, estávamos em Porto Madeiro - lembra Priscila.
A suspensão mais macia em relação ao Cruze brasileiro não comprometeu o comportamento dinâmico ou a estabilidade e enfrentou sem problemas curvas mais acentuadas dentro dos limites de velocidade. Em situações de risco, os controles eletrônicos de estabilidade e tração e sistemas semiautônomos como o de saída involuntária de faixa, de alerta de colisão, e de ponto cego auxiliaram à condução. Com estradas melhores do que as nossas, sem lombadas ou os conhecidos quebra-molas, o nível de ruído e vibração interna foi mínimo.
O acabamento interno em material macio e o revestimento dos bancos em couro são os mesmos apenas com detalhes que atendem às preferências do argentino. Priscila gostou mais do interior do argentino que pareceu ser mais completo. Os dois têm tela de 4,2 polegadas entre os mostradores analógicos do quadro de instrumentos com cinco modos de visualização e configurável de acordo com a preferência do condutor. Traz informações do veículo, pressão dos pneus, distância do carro da frente, sistemas de áudio, telefonia, navegação, entre outras. A nova geração do MyLink com tela de 8 polegadas, navegação em 3D tem interatividade com os smartphones dos sistemas Android Auto e Apple CarPlay.
À noite, na entrada de La Plata, onde as ruas são identificadas por números, o OnStar nos socorreu em portunhol com atendimento atencioso e nos ajudou chegar ao destino.
Conclusão: O Chevrolet Cruze LTZ 2017, seja a versão destinada ao mercado brasileiro ou ao argentino, oferece o conforto, a sofisticação e o desempenho de um modelo premium. Atende às necessidades de quem quer um sedã ou hatch com espaço interno e avançada tecnologia de segurança e auxilio à condução. Também valoriza a esportividade sem comprometer o consumo de combustível, em especial do motor a gasolina, com adequada relação custo/benefício. No argentino, o motor a gasolina faz a diferença e oferece a mesma potência e força do 1.4 Flex quando abastecido com etanol.