Foz do Iguaçu
O visual robusto, a maior altura do solo, o interior e o banco revestido em tecido preto e vermelho identificam o WR-V, o irmão aventureiro do Fit. O design chama a atenção e o que diferencia o comportamento dos dois modelos são o nível de ruído interno e a suspensão. Pelo menos foi a impressão que ficou nos 100 quilômetros percorridos com um WR-V1.5 ELX pelas ruas e estradas de Foz do Iguaçu e no interior da Usina de Itaipu. O bom revestimento acústico e a suspensão mais firme aumentaram o conforto e a estabilidade apesar da maior altura do crossover. Já as respostas do conjunto propulsor remetem ao desempenho do Fit. O Honda WR-V 1.5 16V na versão avaliada, a ELX, custa R$ 83.400.
O crossover compacto utiliza a plataforma do City reprojetada e a suspensão elevada dentro das características um veículo aventureiro urbano. Compartilha componentes dos irmãos Fit, como a suspensão dianteira, e do H-RV, como a direção e a suspensão traseira. O aumento da altura do solo para 20,7 centímetros, as bitolas das rodas mais larga e os pneus de perfil mais alto 195/60. A suspensão recalibrada modificou o comportamento do WR-V em relação ao hatch. Mais alto, ignora lombadas e buracos tão comuns nas ruas e estradas brasileiras. Também encarou tranquilo a terra batida e pedras do pequeno trecho percorrido dentro da Usina de Itaipu. As irregularidades do piso foram absorvidas pela direção e não comprometeram o conforto interno.
A ampla área envidraçada, o capô rebaixado, as regulagens do volante em altura e profundidade, e do banco do motorista em altura, facilitaram a condução. O revestimento dos bancos e das laterais das portas em preto e laranja diferenciam a versão top do WR-V. No mais, volante, painel, quadro de instrumentos, comandos do ar-condicionado e central multimídia com tela de 7 polegadas sensível ao toque e GPS integrado remetem ao Fit. Bom espaço na frente, também acomoda três adultos no banco traseiro. Com 363 litros, o porta-malas repete o do hatch e o sistema modular dos bancos traseiros permite levantar e rebater os assentos aumentando o espaço.
No percurso do hotel às Cataratas e na passagem por Itaipu, o conjunto propulsor atendeu as necessidades do crossover, que pesa 1.130 quilos, mais condutor e três acompanhantes. Nos trechos urbanos, o câmbio continuo variável (CVT) distribuiu bem os 115 cv a 116 cv e a força (torque) de 15,2 kgfm a 15,3 kgfm do motor 1.5 16V com baixo ruído interno, que aumenta na estrada, em velocidades mais elevadas e nas retomadas de velocidade. As opções S (Sport) - garante um comportamento mais esportivo, e a L (Low) -, aumenta o torque e o freio-motor. De acordo com o Inmetro, o crossover faz 11,7 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada com gasolina, e 8,2 km/l (cidade) e 8,7 km/l (estrada) com etanol.
Viagem a convite da Honda