* Publicado no blog Gilberto Leal em 09 de julho de 2016
Visual robusto valorizado pela avantajada grade cromada, pelos faróis alongados com iluminação diurna em LEDs e invadem nos para-lamas, a Nova Ranger chama a atenção pelo porte, mas também pelos recursos eletrônicos e o avançado interior que identificam muito mais a um luxuoso automóvel do que a uma picape de uso misto.
A Nova Ranger lembra pouco do modelo anterior e, principalmente pela tecnologia e acabamento interno remete ao sedã Fusion. Se o conjunto propulsor permanece o mesmo, a direção agora é elétrica, a suspensão foi aperfeiçoada, o quadro de instrumentos incorporou mostradores digitais e a central multimídia com tela de oito polegadas sensível ao toque e comando por voz, permite ainda acionar o ar-condicionado e diversas funções do veículo. Para quem gosta de picapes de porte, bem equipadas e com boa relação custo-benefício, a Ford Nova Ranger Limited 2017 custa R$ 179.900.
Os aperfeiçoamentos e a introdução de novos recursos eletrônicos facilitaram a condução da picape e aumentaram a segurança em situações de risco. Nos quase mil quilômetros rodados com uma Limited no trânsito urbano, rodovias e até estradinhas vicinais, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a tecnologia mostrou suas virtudes. À noite, num trecho de neblina pesada (cerração como chamam os gaúchos) e visibilidade quase zero, permitiu continuar rodando. O controle adaptativo de velocidade, que mantém a distância do carro à frente, projeta luz vermelha no para-brisa e freia na iminência de um choque foi decisivo. Também o alerta de mudança de faixa, que vibra o volante se o condutor sair da faixa e mantém o rumo. Com os dois sistemas foi possível rodar com segurança em baixa velocidade.
No trânsito urbano, a picape impõe respeito mas paga o preço dos seus 5,34 metros de comprimento e mais de duas toneladas, em especial nas manobras de estacionamento, auxiliadas pela câmera traseira. A direção com assistência elétrica, macia no trânsito urbano, fica pesada acompanhando o aumento da velocidade na estrada. A suspensão, é ótima no asfalto com perfeita dirigibilidade dentro dos limites de velocidade, mesmo em curvas acentuadas. As rodas de liga leve de 18 polegadas e pneus 265/60 ajudam, mas a suspensão sente as irregularidades do pavimento. No paralelepípedo, pavimento irregular, cascalho ou terra batida, a caçamba tende pular. A tração 4×4 com reduzida facilita o uso em qualquer terreno e ignora o barro, a lama ou a areia da beira da praia.
As modificações no conjunto propulsor melhoraram o comportamento, reduziram o nível de ruído interno e atenderam bem as necessidades da picape. Com 200 cv, o Duratorq 3.2 TDCi turbo diesel de cinco cilindros atua com o câmbio automático de seis velocidades e garantem respostas rápidas, facilitam ultrapassagens seguras, principalmente em estradas de pista simples. Com o condutor e a editora de conteúdo digital, Priscila Nunes, foi preciso cuidado para manter os limites de velocidade em trechos da BR/290, a freeway, e na BR 101, entre Osório e Torres. Os freios seguram bem a picape, e os controles de tração e estabilidade, automático de descidas, e os assistente de partida em rampa e de frenagem de emergência ajudam em situações mais críticas. Para completar, o monitoramento da pressão dos pneus e controle automático dos faróis altos.
O interior revestido em couro tem bom acabamento com detalhes cromados e na cor prata. O quadro de instrumentos tem mostradores analógico e dois digitais laterais programáveis com diversas informações. O volante é multifuncional. A central multimídia, mostra as imagens da câmera de ré e do navegador por GPS. Traz também integrado o sistema de conectividade SYNC, rádio CD/MP3-player, entrada USB/iPod, Bluetooth, comandos de voz para áudio e telefone. O ar-condicionado automático digital de duas zonas evita problema ao permitir regular individualmente a temperatura, principalmente quando a acompanhante tem preferência diversa. Com baixo nível de ruído, o conjunto facilitou percorrer longas distâncias reduzindo o risco de cansaço, e até um cochilo da Priscila.