* Publicado no blog Gilberto Leal em 03 de setembro de 2016
LISBOA
Uma nação histórica que tem suas origens nos povos ibéricos invadidos pelos romanos em 29 antes de Cristo, Portugal remonta a então província da Lusitânia. O Condado de Portugal, a partir do Século IX, foi responsável pelas descobertas com a viagens marítimas entre 1415 e 1543. Os portugueses desenvolveram o que seria a tecnologia da época: embarcações, cartografia e náutica para navegação segura. Avançaram pelo Oceano Atlântico a caminho das Índias em expedições que revelaram o Novo Mundo, incluindo o descobrimento do Brasil, em 1500. Hoje Portugal preserva a história, a cultura, as artes e as tradições aliadas a gastronomia e vinhos famosos, universidades reconhecidas, praias inesquecíveis e preços convidativos, inferiores aos cobrados em cidades brasileiras. Para conhecer um pouco do país dos nossos descobridores nada melhor do que um Audi A4 2.0 TDI Sport Line.
O sedã médio alemão foi companheiro perfeito para nós – eu e a editora multimídia, a jornalista Priscila Nunes. Por duas semanas, percorrermos 2.200 quilômetros, a partir de Lisboa, por excelentes autoestradas que deixaram saudade em relação as estradas brasileiras. A qualidade permite rodar tranquilo e com segurança dentro dos limites de até 120 km/h. O pequeno movimento é justificado pelo custo do pedágio, que varia de 1,5 euro a cerca de 45 euros de acordo com a distância percorrida. Os portugueses preferem usar as estradas livres, mas com tráfego pesado e lento pelos congestionamentos, o que termina dobrando o tempo do percurso em relação às pedagiadas. O problema, como no Brasil, é que muitos motoristas pensam que dirigem bem e estão sozinhos nas ruas e rodovias.
O A 4 equipado com motor diesel é tão silencioso quanto o a gasolina. Recursos que facilitam a condução e o interior sofisticado com amplo espaço e conforto facilitam vencer longas distâncias sem cansaço. Para ajudar, nas autoestradas existem postos de serviço e restaurantes a cada 30 quilômetros. Os cerca de 150 quilômetros entre Lisboa e Fátima passaram rápido em pouco mais de uma hora. Espaço de sobra para condutor e acompanhante, com piloto automático, o sedã alemão parecia flutuar. A temperatura externa de 36º passou desapercebida com o excelente ar-condicionado de duas zonas, incluindo saída para o banco traseiro. Surpresa: a marcação do combustível baixou apenas dois riscos com o consumo médio de 4,3 litros de diesel para cada 100 km. O queixa o questionamento sobre a proibição no Brasil de motores diesel em carros de passeio.
Nas cidades, como Lisboa, Cascais, Estoril ou Coimbra, o câmbio automático S-Tronic automático de dupla embreagem evitou o cansaço pelo trânsito congestionado e a troca constante de marchas. O consumo aumentou e ficou entre 5,9 l/100 km entre 8,3 l/100 km.
De volta à estrada, as excelentes rodovias A1 e A2 facilitaram os 450 quilômetros de Coimbra a Faro cumpridos em cerca de quatro horas. Paradas apenas para lanche e abastecimento. Bastaram 30 litros de diesel para completar o tanque, mais uma vez com médias entre 4,1 l/100 km e 4,5 l/100 km. O diesel custa menos em relação à gasolina – 1,249 euro o litro.
Os 190 cv do motor 2.0 turbo diesel são bem distribuídos pelas sete velocidades do câmbio automático. Silencioso, basta acelerar para respostas rápidas e retomadas seguras de velocidade. Os controles eletrônicos de velocidade, tração, estabilidade e aclives facilitaram a condução e ajudaram economizar combustível. No quadro de instrumentos, o Virtual Cokpit, a tela de LCD de 12,3 polegadas, além do velocímetro e conta-giros, permite escolher informações por gráficos e sofisticados efeitos. O MMI Navigation plus com MMI touch é visualizado por monitor de 8,3 polegadas sobre o console, incluindo navegação por GPS, câmera de ré e sensores de estacionamento. O Drive Select oferece cinco formas de condução, da mais econômica à mais esportiva. O Head-up Display projeta informações como velocidade e do GPS no para-brisa. À noite, os faróis de LEDs garantem ótima iluminação.
De Faro até Sagres, o ponto mais avançado de Portugal no Oceano Atlântico, foram pouco mais de 150 quilômetros por autoestrada, rodovias simples e de pista única, além das ruas de pequenas cidades. Bom teste para a agilidade, o conforto e a segurança do A4. No caminho, belas praias como Albufeira, Falésias, Quarteirão, Lagos, Ponta da Piedade e Olhos de Água, entre outras. Cada uma com características próprias e os contrastes das rochas e da areia com a água azul e verde do mar. Todas próximas e de fácil acesso.
Para concluir, mais quase 300 quilômetros entre Sagres e Lisboa, percorridos em cerca de três horas com parada para reabastecimento – mais 30 litros de diesel – nos ótimos postos de serviço. Restaurantes, lanchonetes e bares com preços acessíveis. Os banheiros bem cuidados. A chegada à noite na capital portuguesa foi tranquila. Na capital, conhecemos universidades, como também ocorreu em Coimbra, e o reencontro com antigos companheiros da Zero Hora e RBS.
Conclusão: O A4 permitiu percorrer 2.200 quilômetros com cerca de 110 litros de combustível – cem torno de R$ 450 – numa ótima viagem sem qualquer problema e baixo consumo de diesel. Claro com um ou outro desvio do GPS ou engarrafamentos pelo desconhecimento do local. Dispensam comentários o desempenho do carro, o conforto, o espaço e a segurança. Os 460 litros do porta-malas quase não acomodaram três malas. Com o sedã foi fácil percorrer longas distâncias atravessando Portugal de Norte a Sul até a fronteira com a Espanha, comprovar a excelente gastronomia com preços acessíveis, conhecer pontos históricos, descobrir locais incríveis e praias que certamente pertenceram ao paraíso, e ficarão para sempre na nossa memória.