Com a indústria brasileira em baixa, quase nenhuma novidade foi mostrada no Salão de São Paulo. Quase. A Honda anunciou que, no primeiro semestre do ano que vem, vai vender o W-RV, um projeto nacional. Montado sob a plataforma do Fit, ele tenta atingir o consumidor que quer um SUV, porém pensa em investir menos dinheiro.
– Será um segmento entre o Fit e o H-RV. É tudo o que podemos dizer agora – sintetizou o vice-presidente da Honda no Brasil,Ricardo Okyama.
Preço, motor, suspensão, nada mais sobre o carro foi oficializado. Visualmente, ele lembra muito o Fit, mas com visual mais robusto - sobretudo na traseira. O capô dianteiro recebeu dois vincos, ao estilo de SUV. Elevado, aparenta não ter problemas em encarar terrenos difíceis, embora não seja um legítimo off road. O 1.5 flex de 116 cavalos seria responsável por empurrar o veículo, possivelmente pouco mais pesado que o Fit. Dificilmente o carro não adotará o câmbio automático CVT. O preço deve ficar entre R$ 65 mile R$ 75 mil.
Citroën
Não basta conectar carros, é preciso conectar clientes. É o que tenta fazer a Citroën para ganhar representatividade no Brasil. Prometendo investir pesado em campanhas publicitárias feitas exclusivamente no Brasil, a CEO mundial da montadora, Linda Jackson, esteve em São Paulo para prestigiar o evento e falou dos ambiciosos planos da marca:
– Até 2020, pretendemos crescer 30% no mundo. Isso, claro,inclui o Brasil.
Mais do que em carros, a montadora aposta em um eficiente modelo de vendas pela internet. O sistema e-commerce não é novo, porém a Citroën anuncia mais funcionalidade para o que batizou de St@rt. Em poucos passos, o consumidor escolhe o carro, a cor, a forma de pagar e... voilà!. Negócio fechado. Pelo sistema, o novo C3 parte de R$ 43,9 mil, e por R$ 53,7 mil, pode-se comprar um Aircross. Picasso e Grand Picasso, fixados em R$ 119 mil e R$ 129 mil, ainda não estão disponíveis para este tipo de venda.
– No Brasil, 63% das pessoas comprar coisas pela internet e,antes de definir o carro que querem, 85% também consultam a rede. Cruzando dados, concluímos que são mais de 5 milhões de clientes em potencial – raciocinou a CEO.