Talvez nem o Stade de France, com as provas do atletismo, vá ter o mesmo público que está se vendo em Roland Garros. O famoso complexo de tênis de Paris recebe verdadeiras multidões diárias, maiores até do que as que são registradas durante o célebre torneio anual válido pelo Grand Slam.
A quadra central está lotada diariamente, independentemente se nela estão figuras como Carlos Alcaraz, Rafael Nadal ou Novak Djokovic. As atrações paralelas de um imenso parque e as quadras secundárias atraem gente de todo o mundo. O público chega, consome, tira foto e se diverte no templo das raquetes e das quadras de saibro.
Tênis de mesinha
Há uma nova modalidade atraindo muita gente na Olimpíada. Claro que trata-se de uma brincadeira e uma campanha comercial, na qual é colocada uma minúscula mesa com uma rede no meio e um promotor de eventos desafia os populares para jogarem tênis de mesa. É dificílimo para jogar. Qualquer um que tenha uma mínima noção, ainda que do recreativo ping-pong, bate com força excessiva na bolinha e manda longe da mesinha. Vale pelas gargalhadas do público que passa pelo local para acompanhar a disputa oficial do tênis de mesa.
Invasão chinesa
Você quer encontrar uma multidão de chineses em Paris? Compareça aos jogos do tênis de mesa no Parque de Exposições. A Arena Sul 3 sedia a competição olímpica e cada vez que os representantes da China jogam, milhares de compatriotas lotam as dependências do pavilhão. Eles vêm de todas as partes do mundo, por vezes identificando a procedência. Há grupos da Grã-Bretanha, dos Estados Unidos, residentes na própria França e, é claro, muitos procedentes...da China.
As poderosas vão com ódio e raiva contra o Japão
A vitória sobre o Quênia foi tranquila para a seleção brasileira de vôlei feminino. Os 3 sets a 0 eram esperados, bem como um jogo curto que durou uma hora. O que surpreendeu foi a gana demonstrada pelas "poderosas" — apelido do time — antes de pegar o Japão, próxima partida do torneio. A jogadora Thaísa, bem ao seu estilo sem papas na língua, disse que o Brasil vai com "ódio e raiva" contra as japonesas. Ela explicou que o time não digeriu a derrota na Liga das Nações e que tais sentimentos são unicamente sinônimos de energia para botar dentro da quadra. Suas companheiras Gabi e Carol assinaram embaixo do que disse a mais experiente das atletas da equipe, mas o técnico José Roberto Guimarães deu uma contemporizada:
— Eu concordo com a idéia clocada pela Thaísa, mas não gosto de usar os termos "raiva e ódio". Eu quero é muita gana na quadra — disse o treinador.
Nem jogadoras e nem Zé Roberto acreditam que tanta motivação possa se transformar em nervosismo. Eles lembram que o time tem bastante experiência, ainda que conte com algumas atletas bem jovens. Brasil e Japão jogam na próxima quinta-feira, às 16h pelo horário brasileiro.
Clap, Clap , Clap...
Cada local de competição tem um mestre de cerimônia para momentos de espera das partidas ou intervalos. Isto já é uma prática comum nas Olimpíadas e nos grandes eventos mundo a fora. Os MCs animam as torcidas, colocam músicas e orientam os espectadores para fazer das arquibancadas uma verdadeira festa. No handebol, em função das diversas nacionalidades e dos diferentes idiomas falados pela galera, o dono do microfone partiu para a a simulação do som na hora de pedir aplausos. Nada de "palmas", "bate na mão" ou "aplause". Ele larga em alto e bom som a ordem: "Clap Clap Clap"... E funciona. Claro que a imagem das mãozinhas aplaudindo no telão do placar ajuda.
MEDALHA DE OURO - Rafael Nadal - Se no torneio olímpico de simples o tenista não vai levar seu ouro, aqui ele leva. Eliminado por Novak Djokovic naquele que é um confronto eterno para o tênis, o espanhol ainda segue disputando as duplas, mas tem sido uma figura icônica da olimpíada, amado por fãs de todo o mundo.
MEDALHA DE LATA - Sinalização em Paris - Os locais olímpicos e pontos de serviço estratégicos da Olimpíada são colocados de forma discreta na cidade. Há menos placas do que o necessário, elas são de dimensões reduzidas e a cor usada é um rosa que chama pouco a atenção.