Foi apenas um jogo, ou melhor, foram 71 minutos. Este tempo foi suficiente para Taison, no seu retorno ao Inter, mostrar a seus companheiros o que é preciso fazer para tornar o time mais objetivo e adequado para jogar o tão sonhado futebol intenso. Não é o caso de ter voltado tão diferente da Ucrânia, embora em outra função em relação àquela desempenhada no início da carreira. O que o atacante, agora atuando mais recuado, fez foi apenas simplificar as jogadas.
O Taison que voltou da Europa para o Inter não é mais um velocista, mas alguém capaz de fazer o time ser veloz. Mesmo retornando de um país que não é do primeiro mundo do futebol europeu, há um enriquecimento tático para os atletas de boa aptidão técnica e mental. Não há toques supérfluos na bola.
O jogador passa a ser econômico e desenvolve uma capacidade incrível de fazer passes verticais em busca de companheiros avançados. Isto chama-se adaptação ao que se exige nos atuais modelos. Claro que a técnica individual é que torna possível a jogadores como o repatriado colorado serem tão diferentes do que a média dos companheiros.
É impressionante como um jogador apenas pode modificar para melhor o rendimento de uma equipe, ainda que haja fragilidade na marcação do adversário. Taison fez isto em sua reestreia.
Ele voltou armando, pifando os colegas, embora não seja um articulador convencional. Em apenas parte de um jogo, fez tudo o que se esperou nos últimos tempos de Praxedes, Mauricio, Patrick e até Nonato.
O sonho colorado era, até pouco tempo, que Taison retornasse. Agora, é que ele permaneça jogando como fez contra o Olimpia.