Milionária e altamente cobiçada, a Copa do Brasil já tem sorteados os primeiros desafios da dupla Gre-Nal em 2021. O Grêmio se deu melhor no sorteio, mas só um pouco. Não tem como evitar falar em favoritismo dos gaúchos contra Brasiliense e Vitória-BA.
O time do Distrito Federal está longe, mas muito longe mesmo, daquele que figurou bem em competições nacionais nos anos 2000, sendo até vice desta mesma Copa do Brasil para o Corinthians, em 2002, com nítido prejuízo por parte da arbitragem. Os baianos do Vitória até já foram algozes colorados em 2018, têm tradição no futebol brasileiro, mas experimentam um momento muito ruim.
Não havendo a possibilidade de clássico nesta fase, a dupla Gre-Nal que cumpra a obrigação, passe adiante e fique à mercê do próximo sorteio. Os enfrentamentos determinados nesta fase de estreia para Grêmio e Inter permitem uma boa dose de tranquilidade para os trabalhos de Tiago Nunes, que está por começar, e de Miguel Ángel Ramírez, que ainda está atrás do ponto ideal para sua equipe.
Ninguém nega que a Copa do Brasil mexe com o universo do Rio Grande do Sul, exercendo um fascínio pela quantidade de títulos gremistas, pela busca de conquista do Inter desde 1992 e porque já foi vencido por um clube do Interior, o Juventude, em 1999.
Os cuidados do Grêmio para passar pelo Brasiliense podem ser comparados ao que ele teve em relação ao Ayacucho na Libertadores ou que precisará ter na semifinal do Gauchão.
No caso do Inter, as precauções devem ser maiores. O Vitória fará desta Copa do Brasil uma tentativa de reabilitação técnica e de imagem. Isto, no entanto, não pode determinar excesso para quem tem o título como objetivo. Um vice-campeão da Série A do Brasileirão precisa fazer valer esta condição contra uma equipe que precisou de uma arrancada final para se manter na Série B.
A gauchada é favorita, sim.
