Faltando menos de um mês para o início dos jogos relativos à temporada 2021, o Grêmio paga tributo por ser finalista da Copa do Brasil. A marcação dos jogos contra o Palmeiras para depois do Brasileirão empurra compromissos tricolores dentro e fora do campo para outras datas, que não foram definidas oficialmente. Neste meio tempo, campeão ou não, há a necessidade, entre outras coisas, de negociar a permanência ou não do técnico Renato Portaluppi.
Já é certo que o time de transição começará jogando o Gauchão, mas a data inicialmente prevista de 28 de fevereiro não deverá ser mantida para a estreia. Uma nova não está oficializada ainda. A pergunta que surge é: até quando a competição estadual será encarada desta maneira?
Se for campeão da Copa do Brasil, o clube conquista vaga direta na fase de grupos da Libertadores e começa a jogar a competição continental apenas no final de abril. Isto alivia, mas não livra o calendário do acúmulo de partidas, visto que surge a disputa da Supercopa do Brasil, que já está marcada para dia 11 de abril — data em que seria possível o Tricolor estar com seus titulares no campeonato regional.
Tudo piorará, e muito, se não vier o título da Copa do Brasil. Claro que se dá como certa uma classificação para a Libertadores. Além da frustração natural, os gremistas sairão direto da decisão diante do Palmeiras para as fases preliminares da disputa sul-americana, que já estão marcadas.
Mais uma vez, se estará diante da indefinição de quando a equipe principal jogará pelo Gauchão. Em meio a tudo isto, as negociações com o técnico Renato Portaluppi estarão acontecendo.
Esta verdadeira confusão cria uma expectativa positiva na permanência do treinador exatamente pela falta de tempo para uma alteração de comando tão profunda. Ainda que ele continue, será a hora de formar elenco, de contratar e dispensar — algo que, em meio a competições, não é o melhor cenário.
Ganhar a Copa do Brasil dará muito dinheiro e um pouco mais de tranquilidade para tudo na Arena. Não será solução definitiva, porém, para o calendário que seguirá congestionado. Elenco numeroso e qualificado é a melhor receita, enquanto os dirigentes montam um verdadeiro quebra-cabeças.