O Bahia, ao que tudo indica, deve manter por mais 60 dias o lateral Zeca, emprestado pelo Inter e que assim ficará no clube baiano até o final do Brasileirão. Se depender do que jogou no Beira-Rio antes de ser envolvido nessa negociação, o jogador não terá muito o que fazer se retornar a Porto Alegre, seja ao final de fevereiro ou mais adiante. Campeão Olímpico em 2016, quando era uma grande promessa do Santos, a troca de Zeca por Sasha em 2018 parecia ser uma grande negociação colorada e acabou mostrando-se vantajosa para os santistas.
Zeca foi uma das maiores decepções do Inter nos últimos anos. Apresentado em abril de 2018, primeiro ele teve toda a compreensão dos colorados por ter ficado longo tempo parado, sofrido lesões e precisar de adaptação. Depois vieram jogos sem nenhum destaque, novas e longas passagens pelo departamento médico e alguns flagrantes nada edificantes de sua conduta fora de campo. Seus números mostraram uma tabela zerada em gols em 56 jogos e apenas uma assistência. O lateral que podia jogar com qualidade nos dois lados e ainda atuar no meio-campo nunca desembarcou no Beira-Rio.
Por mais que se discuta o futebol de Moisés atualmente, não há quem diga que o lateral-esquerdo emprestado pelo Bahia jogou ou joga menos do que aquele que foi trocado por ele e que passou a ser reserva de Juninho Capixaba em Salvador. Nesta disputa de posição durante a temporada, seja com Roger Machado ou Mano Menezes no comando, Juninho, pertencente ao Grêmio, levou sempre vantagem sobre o campeão olímpico emprestado pelo Inter. Se os colorados não veem em Uendel ou Moisés soluções para a posição, não provavelmente não passará pelo reaproveitamento decepcionante Zeca em 2021.