Não foi o fato da Venezuela ter evoluído nos últimos anos que determinou as dificuldades do Brasil na modesta vitória de 1 a 0 no Morumbi. O time de Tite tropeçou em suas próprias dificuldades, especialmente no primeiro tempo. Há de se entender que as mudanças foram radicais em relação às primeiras partidas das eliminatórias. Sem Neymar, Casemiro e Phillippe Coutinho, a fotografia tem alterações muito profundas, visto que as substituições apresentaram jogadores de pouca rodagem com a camisa canarinho.
Mesmo o experiente Éverton Ribeiro pode ser considerado um novato na Seleção, algo que vale também para Allan e para aqueles que passaram a ser titulares há um mês como Douglas Luiz e Renan Lodi e que não repetiram o futebol mostrado anteriormente. O time sentiu demais a ausência de Neymar, especialmente dentro da nova ideia de atuar que o craque do PSG passou a ter desde o início das eliminatórias. Faltaram qualidade em passes, que sobraram em quantidade e acabaram obrigando o treinador a desmanchar a dupla de volantes.
A vitória foi magra e da carência técnica não escaparam os mais cascudos como Gabriel Jesus e Roberto Firmino, apesar do gol marcado. A ausência de Everton Cebolinha desde o início da partida ganhou argumentos em sua contestação. Haverá a necessidade de um novo ritmo e possivelmente de nova escalação diante da muito mais poderosa seleção do Uruguai na próxima terça-feira. Missão cumprida no Morumbi. O desempenho foi não mais do que suficiente, mas o resultado e a liderança isolada das eliminatórias valeram.