Não há favoritismo no confronto entre Grêmio e São Paulo na semifinal da Copa do Brasil. Os dois jogos reunirão equipes que vivem seus melhores momentos na temporada, ambas tendo como filosofia de jogo a busca do ataque e o controle da bola. Se os são-paulinos contam com o trunfo das grandes atuações contra o poderoso Flamengo e a arrancada que o dá ao clube o melhor aproveitamento no Brasileirão, os gremistas têm algo fortíssimo numa competição em mata-mata: a experiência recente e um inegável DNA nesta disputa.
O que se mostra como vantagem do Grêmio vem acompanhado também por uma resposta técnica exemplar com as oito vitórias consecutivas e a tão falada "decolagem" no Campeonato Brasileiro. Lembrar que estarão se enfrentando um pentacampeão contra um clube sem título da Copa do Brasil também pode ser significativo numa hora destas. Do lado gaúcho dos tricolores há um técnico bicampeão desta disputa e campeão da América. Os paulistas representam um adversário que se notabiliza por propor uma revolução, mas que vêm ficando no quase muitas vezes e sofrendo revezes surpreendentes.
O Grêmio de Renato Portaluppi é mais "cascudo", como gosta de dizer o próprio treinador ao se referir a jogadores experientes. Por mais que o adversário tenha um multicampeão internacional como Daniel Alves, é no time gremista que está uma dupla de zaga considerada a melhor do Brasil há pelo menos três anos. Também está no tricolor gaúcho uma personalidade coletiva que se mostrou fundamental para a recuperação depois de um início ruim no Brasileirão. Se tudo isto não significa favoritismo, é um patrimônio que nem o São Paulo e nem os outros semifinalistas da Copa do Brasil têm.