Damián Musto foi a grande aposta de Eduardo Coudet quando assumiu o Inter. Com razões de sobra para indicar o volante à diretoria colorada, o técnico via no jogador aquele homem de proteção à defesa e que seria o fiador da saída de jogo da equipe através dos zagueiros. Assim havia sido com grande eficácia no Rosario Central, na boa campanha do clube na Libertadores em 2016, ou ainda no futebol mexicano, onde também trabalharam juntos.
Musto chegou ao Beira-Rio em janeiro, foi titular, contou com a confiança e a insistência do treinador, mas não rendeu. O tempo de oito meses sem jogar em função de uma suspensão por doping pode ter influenciado numa perda de rendimento.
O empréstimo junto ao Huesca, da Espanha, se encerra ao final deste ano, mas pode ser prorrogado até fevereiro. O compromisso, no entanto, não deverá ir além disso. A negociação em euros já era um empecilho, e a resposta técnica insuficiente aumentou a discussão.
A troca que haverá no comando do Inter cria mais apreensão e, fundamentalmente, a volta de Rodrigo Dourado passa a ser fator definitivo para a saída do argentino.
A cada entrada em campo de Dourado, recuperando o ritmo, Musto fica mais fora do Inter. A gota d'água será quando houver uma convicção de que a recuperação de Dourado é plena, ou quase isso, na questão técnica.
Não haverá mais lugar para o argentino, uma vez que na posição ainda há aquele que, com razão, ganhou a titularidade da posição, Rodrigo Lindoso. Não haverá mais lugar para o indicado por Coudet no time e no elenco colorado.