O Corinthians é a própria imagem da crise no Brasileirão. Jogando pouco, na zona de rebaixamento, com turbulência política, cometendo o pecado da demissão de um técnico que não teve tempo de estabelecer o trabalho e seguindo no erro ao manter um interino inexperiente para uma situação tão delicada, o clube contratou um novo treinador. Entre tantos equívocos, os dirigentes corintianos fizeram uma escolha correta. Vagner Mancini estava muito bem no Atlético-GO e seu time sustenta uma sólida campanha no bloco intermediário muito bem definido taticamente.
Se Mancini vai salvar o Corinthians ou terá vida longa no cargo não se sabe. A instabilidade por lá é grande. O que é provável é que o Atlético-GO venha a sentir muito a falta de seu comandante, independentemente de quem entre no seu lugar. Aí entra o Inter podendo pegar uma carona nesta movimentação de mercado. O time de Goiás é adversário colorado nas oitavas-de-final da Copa do Brasil a partir do próximo dia 28 de outubro. Um reflexo negativo da troca de treinador no oponente cai como presente para Eduardo Coudet.
Quem vê o Atlético-GO atuando, identifica muito o trabalho de Mancini. Baseado na movimentação, em troca de passes e posse de bola em velocidade o time já obteve resultados expressivos no Brasileirão como vitórias sobre Flamengo, Vasco e Fluminense, além de ter encarado muito bem, embora derrotado pelo líder Atlético-MG num sensacional 3 x 4. Diante do Inter, a vantagem foi colorada num jogo decidido com placar de 3 a 0 apenas no segundo tempo.
Para a Copa do Brasil, os colorados já sabiam que enfraqueceriam o adversário pela impossibilidade dos emprestados Gustavo Ferrareis, Dudu e Natanael atuarem. Mais recentemente o destaque do ataque goianiense, Renato Kayzer , saiu do clube. Agora há a perda do treinador. Se há uma vantagem teórica do Inter por sua grandeza e pelo fato de decidir o mata-mata em casa, a novidade apenas ajuda a encaminhar um favoritismo.