O Grêmio contra o Palmeiras melhorou em relação aos últimos jogos. Isto não significa que tenha feito uma atuação reabilitadora, até porque esteve muito perto de perder a partida. Seria injusta uma derrota tricolor, mas dizer que o empate foi pouco também não é verdade. O 1 a 1 prejudica na tabela do Brasileirão, mas não aumenta a instabilidade para o Gre-Nal da Libertadores e pode ser analisado por correções apresentadas, ainda que o torcedor não reconheça.
Lucas Silva, marcado pela torcida, protegeu bem a zaga, tanto que, quando saiu, o Grêmio deu liberdade no setor e o Palmeiras marcou seu gol. O sistema de três volantes não fez feio. Robinho foi a principal novidade positiva enquanto teve capacidade física, dando à equipe uma articulação entre meio-campo e ataque. O ex-meia do Cruzeiro já é peça indispensável para o Gre-Nal. Houve domínio tricolor, ainda que sem a contundência esperada. Críticas a Diego Souza por este jogo não são as mais apropriadas pois não houve em ambos os times jogadas para atacantes posicionados. Há, porém, que se admitir que o baixo rendimento do centroavante no Brasilerião dá a dimensão da diferença de nível em relação ao Gauchão.
Pelo lado esquerdo da defesa, Diogo Barbosa fez uma partida suficiente para permanecer titular e encontrou no segundo tempo a colaboração de Ferreira que fez o gol que evitou o empate. O atacante, com dribles e vocação para marcar gols, virou opção forte para o clássico em que Renato já adiantou, fará o maior mistério possível. O Grêmio, enfim, foi suficiente e interrompeu uma série de atuações extremamente preocupantes. Sem a intensidade de outrora, nitidamente o time cadenciou o ritmo, mesmo com posse de bola e marcação alta. Repetir contra o Inter pela Libertadores a fórmula usada contra o Palmeiras e muitos dos nomes passou a ser uma tendência.