Nada poderia satisfazer mais o diretor-executivo do Inter do que ver o time na liderança do Brasileirão após cinco rodadas. A campanha de quatro vitórias, apenas dois gols sofridos, e de pênalti, a afirmação de contratados seus como Saravia ou Thiago Galhardo e o surgimento em alto estilo do garoto Zé Gabriel na defesa, no entanto, não deixam Rodrigo Caetano completamente feliz neste momento. O dirigente está arrasado com a lesão de Paolo Guerrero.
A relação entre Caetano e Guerrero vai além daquela entre diretor e jogador. Eles são amigos desde os tempos de Flamengo. O centroavante foi matéria de convicção técnica e pessoal do dirigente na hora de buscá-lo, ainda quando cumpria suspensão e com um longo período sem atuar em 2018.
Foi Rodrigo Caetano quem bancou a contratação do atacante, mostrando aos demais membros da diretoria colorada que valia a pena. Já o atleta, além da subordinação natural ao executivo de futebol, nutre por ele a gratidão por ter aberto uma generosa porta num momento complicado.
A preocupação com o jogador e amigo se agrava ainda mais para Rodrigo Caetano quando cabe a ele a dificílima missão de buscar um substituto momentâneo, um paliativo para o problema.
Chega a escapar do dirigente uma lamentação ainda relativa ao jogo contra o Fluminense, quando Guerrero se machucou: "O jogo foi 2 a 1, com dois gols sofridos de pênalti. Eu preferia ter levado uma goleada, mas ter o Paolo bem no final".
Num parecer de companheiro de clube otimista e de amigo, o diretor diz que sabe da disciplina do centroavante para o tratamento de recuperação e que confia, "quem sabe", que um retorno possa acontecer para as últimas rodadas do Brasileirão.