Os gaúchos tiveram muitas preocupações neste ano. O Gauchão foi interrompido e esteve ameaçado em função da pandemia. Houve as soluções possíveis e o campeonato está por conhecer seu campeão. As demais divisões e categorias de base ficaram com muita incerteza até o momento da notícia drástica dos cancelamentos. O desafio atual é de se achar atividades executáveis para manter o trabalho de profissionais. O momento agora é de examinar o desempenho dos representantes do Rio Grande do Sul nas competições nacionais e aí surge uma grande incerteza chamada Grêmio Esportivo Brasil.
A eliminação para o Brusque na Copa do Brasil não se tratou de um fiasco técnico, mas uma calamidade financeira. E verdade que apontou uma equipe de Série C ganhando de outra de uma divisão superior, o que foge da lógica e apresenta a ponta de um iceberg xavante que tem submersos as campanhas fracas nos últimos campeonatos estaduais, a instabilidade no departamento de futebol e a dificuldade de administrar paralelamente o desempenho do time e as necessárias e fundamentais obras de conclusão no Bento Freitas. O Brasil-Pel vem sucessivamente jogando a segundona brasileira com o objetivo de não cair e isto cria desgaste. Já seria tempo de mudar de ambição, mas não vem sendo possível.
Seria injusto cobrar veementemente da diretoria por uma situação melhor num contexto de perdas de receitas que já eram pequenas. Há, porém, uma necessidade urgente de recuperação na tabela. A zona de rebaixamento logo no início da disputa sem uma perspectiva de melhora por contratações ou acertos no time cria um pânico na torcida mais fantástica do futebol gaúcho. Uma eventual queda xavante para a Série C será uma perda enorme para o futebol do Rio Grande do Sul e de recuperação difícil para o Rubro-Negro da Baixada.