Até quando a Seleção Brasileira se submeterá a determinadas presepadas que cada vez mais abalam a imagem da camisa mais gloriosa do futebol mundial? O que aconteceu na madrugada desta quarta-feira em Los Angeles foi deprimente. Antes da bola rolar, o cenário já era desmoralizante. Com o jogo veio a consagração da lambança com a derrota para o Peru.
O campo de jogo do Memorial Coliseu com os desenhos das marcações do futebol americano abriam o deboche contra o Brasil. A empresa que organiza nossos amistosos não trata a Seleção como um time que precisa de jogos para se organizar para competições. Isto não é de hoje. Gramados ruins, estrutura precária para a imprensa, viagens longas entre uma partida e outra. Nada parece interessar. Só o dinheiro.
Se submetendo a isto, a equipe entrou em campo com muitas modificações, sem cara de time titular, e jogou pouco... Muito pouco. As modificações por atacado só reforçaram o caráter de jogo fantasioso, diferente do que ocorrera dois dias atrás, em Miami, contra a Colômbia. Os peruanos também não fizeram muito, mas chegaram a propor o jogo e o ganharam. De uma maneira geral, o time de Tite parece ter entrado no espírito de improvisação proposto pelos organizadores do amistoso.
Será coincidência que, desde que o atual contrato por amistosos foi assinado, o Brasil não ganhou mais Copa do Mundo? Vamos ver quais as novidades preparadas para outubro e novembro. Que dentro de campo o time não repita a performance demonstrada no gramado fantasiado de Los Angeles num espetáculo que no seu todo foi desrespeitoso com os atuais campeões da América e com a conivência dos mesmos.