É passível de discordância a escolha de Willian para o lugar de Neymar na Seleção Brasileira. Mesmo campeão da Liga Europa pelo Chelsea, o meia-atacante foi irregular na temporada e frequentou o banco de reservas em várias oportunidades.
Seu nome sequer aparecia nas especulações que apontavam Vinícius Júnior, Lucas Moura ou Dudu como candidatos mais prováveis. Na cabeça do treinador, porém, estava bem definida a escolha e com motivos bem justificáveis.
1. Willian não estava fora de atividade. Jogou até pouco mais de uma semana atrás. Vinícius Junior, por exemplo, está totalmente parado há duas semanas e meia.
2. O jogador do Chelsea chega na Seleção e não estranha. Foi titular em boa parte dos jogos da "Era Tite", inclusive substituindo Neymar quando este foi suspenso nas Eliminatórias, além das partidas da Copa do Mundo. No caso de Lucas Moura, ele só foi chamado uma vez pelo atual técnico em função do corte de outro jogador. Já Dudu, mesmo em boa fase no Palmeiras, seria um estranho no elenco da Seleção.
3. Mesmo ausente das últimas convocações, Tite tem confiança em Willian. Tanto que, no Mundial da Rússia, o manteve como titular, mesmo com atuações fracas nos primeiros jogos.
Tudo isto faz com que Willian não seja apenas um atleta a se apresentar para compor grupo. Ele chega à Seleção, ainda que podendo ser discutido, como um postulante à titularidade, algo que não aconteceria com as outras alternativas.