Ter uma zaga com Pedro Geromel e Walter Kannemann é um luxo. O Grêmio, há algum tempo, vem apresentando a melhor dupla de defensores do Brasil e da América do Sul, mas vem tendo calafrios quando não pode contar com um ou os dois titulares.
Além da dificuldade em repor a qualidade dos dois, há uma crise de quantidade. Para se ter uma ideia, no momento, só está à disposição, além dos dois zagueiros titulares, o jovem Rodrigues, de mínima experiência.
Ainda que nas próximas semanas Paulo Miranda retorne de lesão, faltará gente. Vem faltando gente, e isto cria a necessidade da improvisação de Michel, Rômulo ou outro que possa aparecer. Improvisar não significa solucionar.
O próprio Grêmio já pagou caro com reposições inadequadas, seja por características ou falta de qualidade.
Não basta a busca por um zagueiro. São necessários dois jogadores para que o time não tenha problemas maiores.
É questão estratégica, emergencial. Só assim haverá relativa tranquilidade para a disputa paralela de Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil.
Chega a empolgar quando se especula a possibilidade de que a direção busque na China o ex-corintiano Gil, algo fomentado pelas brincadeiras do jogador com seu ex-companheiro Diego Tardelli nas redes sociais. Tem que ser pensado alguém com este status.
Não se pode ignorar que haverá em um futuro próximo assédio difícil de resistir sobre Kannemann na janela de transferências da Europa, a partir de junho. Será preciso agilidade, criatividade e precisão para o Grêmio reforçar imediatamente o setor defensivo, cuja competência tem sido uma marca do time nos últimos anos.