Quando chegou ao Grêmio, Felipe Vizeu podia ser saudado como a mais ousada e acertada contratação do clube para 2019. Nem importava que Jael fosse imediatamente liberado para o futebol japonês ou que André viesse a jogar pouco como na temporada passada.
Vizeu desembarcou em Porto Alegre como alguém que, no retorno ao Brasil, faria do Grêmio sua escada para chegar à Seleção Brasileira, confirmando o talento mostrado na base. Havia finalmente na Arena um goleador com potencial e juventude para desenvolver ainda mais seu talento e resolver os problemas ofensivos do Tricolor.
As primeiras atuações, ainda sem a titularidade, já trouxeram assistências e o primeiro gol. Tudo estava se confirmando, e já não se entendia mais a busca do clube pelo valorizadíssimo e experiente Diego Tardelli.
O gol de Felipe Vizeu na goleada de 6 a 0 sobre o Avenida era a cereja do bolo. Ele, porém, se mostrou um divisor de águas. Ficou a plasticidade do lance, que pode valer ao atacante o Premio Bucha, como o mais bonito do campeonato. Para o autor, no entanto, foi o início de um declínio técnico praticamente inexplicável e que teve sequência nos 72 minutos em que esteve em campo em Ijuí.
Vizeu está mal. Não arremata, tem dificuldade na busca do jogo e combinação de jogadas, perdeu espaço para André e não se discute uma disputa de posição com Tardelli, que tende a ser titular tranquilamente. Mesmo que ganhe a "bucha do Gauchão", Felipe Vizeu até agora é a maior frustração entre as contratações tricolores deste ano.
Menos mal para o Grêmio que algumas decepções se tornaram boas realidades com o tempo. Leonardo Gomes, Paulo Miranda e Thaciano que o digam.